“Nosso estado é referência no combate à violência familiar”, afirma deputada Cristina Silvestri
Com a presença de diversas autoridades, Laranjeiras sediou nesta sexta-feira (21), o evento em alusão ao ‘Dia Estadual de Combate ao Feminicídio’
O Cine Teatro Iguassu, de Laranjeiras do Sul, foi palco do evento em alusão ao ‘Dia Estadual de Combate ao Feminicídio’. Com o objetivo de conscientizar a comunidade sobre a importância de combater a violência de gênero e honrar a memória das vítimas, autoridades locais e lideranças se reuniram para reafirmar o compromisso na luta contra esse grave problema social.
Presenças
O evento contou com a presença da deputada estadual Cristina Silvestri (PSDB), a delegada titular da Mulher de Guarapuava, Ana Carolina Hass, o presidente da Câmara de vereadores, Carlos Alberto Machado, Magrão (Patriota) e a vereadora Valeide Scarpari (PSD), vice-prefeito Valdemir Scarpari (PSD), a secretária de Assistência Social, Regiane Castro e a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Francieli Minotto.
Reconhecida por ser defensora dos direitos das mulheres na esfera legislativa, a deputada Cristina Silvestri, discursou sobre a importância de leis mais rigorosas e abrangentes para coibir o feminicídio e proporcionar um ambiente seguro e igualitário para todas as cidadões do estado. Seu empenho em lutar por mudanças legislativas que visam à proteção das mulheres foi aplaudido por todos os presentes. “Carrego o mérito de ter criado leis que combatem o feminicídio”, diz a deputada.
Ao tratar de um evento em alusão ao Dia Estadual, de sua autoria, Cristina relata sobre a importância de alertar as mulheres para os sinais de violência. “Infelizmente, foi necessário criar esta data. O caso de Tatiane Spitzner movimentou o mundo todo. A sanção da lei do ‘Botão do Pânico’ é uma importante ferramenta na rede de apoio às vitimas. Hoje, o Paraná tem sido referência no combate à violência familiar, graças à essa rede de proteção e ao engajamento das paranaenses em denunciar os agressores”, informa a deputada.
Conforme dados, o número de feminicídios no Paraná teve redução de 43% no primeiro bimestre do ano, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública. Foram nove casos em janeiro e fevereiro no Estado, em 2022 foram 16 registros. “O dia de combate ao feminicídio é uma oportunidade para refletirmos sobre a triste realidade que ainda enfrentamos, buscando o fim dessa violência injustificável e garantindo a segurança e proteção de todas as mulheres do nosso país, estado e municípios”, completa Cristina.
Trabalho contínuo
A delegada titular da Delegacia da Mulher de Guarapuava, Ana Carolina Hass, palestrou no encontro. Ela apresentou dados sobre a situação atual do feminicídio no estado e no município. “Titular há cinco anos, tenho me dedicado incansavelmente a enfrentar essa problemática que afeta tantas mulheres em nossa sociedade. É verdade que a polícia tem um papel essencial tanto na prevenção e repressão desses crimes, mas, após ocorrência, é importante que o Estado mostre o seu caráter punitivo para garantir respostas efetivas”, explica a delegada.
Conforme ela, não se pode ignorar a importância do trabalho preventivo realizado pelos órgãos municipais e pela comunidade. “A atuação constante dos municípios na prevenção, na orientação e na estruturação às vítimas é fundamental. É por meio dessas ações que conseguimos, pouco a pouco, reduzir os números alarmantes de casos de violência de gênero. É um desafio contínuo, mas cada passo dado nessa direção é uma vitória para todas nós”, completa Ana.
Esfera municipal
O vice Scarpari, destacou a relevância de encontros como esse, que mobilizam a sociedade em torno de uma causa tão importante. Ele reforçou o comprometimento da administração municipal em apoiar e promover ações para coibir a violência contra as mulheres em todas as suas formas.
“É fundamental que o poder público tome uma atitude diante desse problema. Apoiar e promover ações para coibir a violência contra as mulheres é a peça chave para o combate”, destaca Scarpari.
Ele enfatiza que, além da existência de leis de combate, as autoridades policiais, o Ministério Público, o Judiciário e os órgãos públicos em geral devem ter ações de orientação e diálogo para oferecer proteção às mulheres vítimas de violência.
Ainda, Scarpari destaca o projeto em andamento, a ‘Casa da Mulher Brasileira’, que está sendo trabalhado em conjunto com os municípios da Associação Intermunicipais de Saúde do Centro Oeste do Paraná (Assiscop), com o objetivo de acolher mulheres que sofreram violência e fornecer uma rede de profissionais de saúde e apoio jurídico para protegê-las e orientá-las. “A rede de apoio é essencial para assegurar que as mulheres se sintam ouvidas e confiantes para buscar ajuda. Essa é nossa proposta enquanto administrativo municipal”, destaca Valdemir.
Por fim, a secretária de Assistência Social, Regiane Castro, apresentou os serviços disponíveis para acolhimento e auxílio às mulheres em situação de vulnerabilidade e violência. Ela destacou a importância de uma rede de apoio bem estruturada para dar suporte às vítimas e encorajá-las a denunciar os agressores. “Com o apoio da prefeitura, a Assistência faz o trabalho de coordenação pra que possamos dar proteção à vítima e família. Proteger é nossa função. Que os casos em Laranjeiras diminuam assim como a rede de apoio cresça”, diz Regiane.
Para ela, o evento em Laranjeiras do Sul foi um momento marcante de reflexão e comprometimento coletivo na busca por uma sociedade mais justa e igualitária. “A união de autoridades, lideranças e cidadãos nessa causa tão relevante fortalece a esperança de um futuro promissor. A luta continua. A conscientização é o primeiro passo para a transformação”, finaliza Regiane.