Produtor inova na venda online de alimentos frescos e dobra produção

Na busca pela comercialização de produtos sazonais sem utilizar adubos químicos, Ernani Tabaldi afirma ao unir qualidade e WhatsApp, a cartela de cliente aumentou. “Faremos entrega na cidade mais vezes na semana”

Em meio à transição de estações, muitos alimentos ganham destaque nas mesas dos brasileiros. Couve, couve-flor, brócolis, repolho, mandioca, batata-doce, cenoura, alface, pimentas e outros produtos da estação são não apenas mais econômicos, mas também mais nutritivos. E é neste cenário que o produtor de Laranjeiras do Sul, Ernani Tabaldi se destaca, não apenas pela qualidade de seus produtos, mas também pela inovação na forma de comercializá-los.

Produtos
Junto de sua esposa, Rejane Ceccato, ele iniciou a produção há um ano, com foco em cultivar alimentos de forma natural, sem o uso de produtos químicos ou esterco. “Este método gera o aumento da demanda pelos produtos, que são armazenados de uma forma que mantém a frescura e durabilidade por uma semana ou mais na geladeira”, disse ele.

Vendas online
Para facilitar as vendas e a interação com clientes, Ernani criou um grupo no WhatsApp. Este método de venda permite que as pessoas recebam alimentos frescos e de qualidade em seus locais de trabalho ou residências, eliminando a necessidade de deslocamento até mercados ou feiras. “Hoje, o grupo tem 135 participantes. Posto os produtos na quinta-feira e na sexta, os entrego. Esse formato permitiu que nossa produção dobrasse, sem perder a qualidade”, destaca o produtor.

Vendas no outono
Em relação às vendas, Ernani observa um aumento significativo na procura por mandioca e batata doce, alimentos que são bastante consumidos durante o outono e inverno. Embora ainda não produza mandioquinha, outros produtos como temperos e tubérculos têm uma demanda crescente, especialmente devido ao seu uso frequente em sopas.
Ele ainda destaca que as variedades de alfaces têm bastante saída nessa época, mas que caem consideravelmente no inverno.

Expansão e certificação orgânica
Ernani explica que passou de uma horta de 300 a 400 metros quadrados para 1.500 metros quadrados, devido à crescente demanda por seus produtos. “Antes vendíamos outras coisas, como a geleia de amoras e framboesa, e a verdura foi entrando aos poucos, conforme pedidos dos clientes”.
Ele relata que a demanda pelos produtos tem crescido de forma que eles não esperavam, e que diariamente a cartela de clientes aumenta. “Pensamos em aumentar os dias de entrega para atender a todos”.
Este crescimento reflete uma mudança no comportamento do consumidor, que busca conveniência sem comprometer a qualidade e a saúde. Em muitas cidades maiores, como Tabaldi observa, as pessoas estão adiantando pagamentos e fazendo contratos com produtores para garantir o fornecimento regular de produtos frescos em suas casas ou locais de trabalho.
Este movimento mostra uma tendência de consumo de alimentos de qualidade, produzidos de forma sustentável e livre de produtos químicos. Em resposta a essa demanda o produtor busca a certificação orgânica para sua produção.