Ratinho assina criação do Colégio Militar para Laranjeiras. Aulas começam já em 2021
Essa nova modalidade de ensino funcionará com gestão compartilhada entre militares e civis
O governador Carlos Massa Ratinho Junior confirmou nesta segunda-feira (26) a instalação de colégios cívico-militares em Ampére, Realeza, Francisco Beltrão, Dois Vizinhos, Pato Branco, Coronel Vivida, Chopinzinho, Clevelândia e Palmas, em 2021. O programa que será implementado em 215 colégios estaduais de 117 municípios é o maior do País nessa modalidade.
“A rede estadual do ensino evoluiu todas as suas notas no Ideb de 2019, o que mostra que estamos no caminho certo. Para conquistar novos lugares estamos apostando, também, em novas metodologias, alternativas e em programas como o dos colégios cívico-militares, que oferecem mais condições de segurança e estabilidade de ensino em locais que sofrem com problemas históricos”, afirmou o governador Ratinho Junior.
O programa é voltado nesse primeiro momento para municípios com mais de dez mil habitantes. Os critérios estabelecidos pela lei foram existência de ao menos duas escolas estaduais na área urbana, alto índice de vulnerabilidade social, baixos índices de fluxo e rendimento escolar e que não ofertem ensino noturno.
“É o maior projeto do País nessa área. Contamos com apoio da sociedade civil organizada, dos deputados, das lideranças do Estado. O Paraná avança a passos largos para ter a melhor educação do País”, completou Ratinho Junior.
Implatação
A implantação dos colégios será de escolha livre da comunidade escolar, por meio de consulta pública, já a partir de quarta-feira (28). A pesquisa será em formato de referendo, cabendo à população dizer sim ou não ao modelo na escola em questão. Fazem parte da comunidade professores, funcionários e pais de alunos matriculados na instituição.
Para ter validade, mais de 50% das pessoas aptas devem participar da consulta. Se uma comunidade escolar for formada por 500 pessoas, é necessário um quórum de pelos menos 251 pessoas, por exemplo. Para migrar ao modelo cívico-militar basta a aceitação de maioria simples dos votantes da escola, ou seja, 50% mais um voto.
“É um programa que prevê aumentar a integração entre professores, alunos e a comunidade escolar. Na verdade é um conjunto de ações. Ele prevê novas metodologias, atividades e complementa as estratégias do Paraná de modernizar a educação pública”, acrescentou o secretário estadual de Educação e do Esporte, Renato Feder.
Como vai funcionar
Essa nova modalidade de ensino funcionará com gestão compartilhada entre militares e civis em escolas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e no Ensino Médio. As aulas continuarão sendo ministradas por professores da rede estadual, enquanto os militares serão responsáveis pelas áreas de infraestrutura, patrimônio, finanças, segurança, disciplina e atividades cívico-militares. Haverá um diretor-geral e um diretor-auxiliar civis, além de um diretor cívico-militar e de dois a quatro monitores militares, conforme o tamanho da escola.
A Secretaria da Educação e do Esporte vai editar os atos normativos necessários à operacionalização, à gestão e à implantação do programa; apoio técnico e financeiro às instituições; formação continuada aos profissionais da educação e da segurança pública que atuarão nos colégios cívico-militares; e elaboração da proposta pedagógica e dos regimentos internos.
Confira em quais colégios o programa será implementado no sudoeste
Ampére – Escola Estadual Cândido Portinari (430 matrículas)
Chopinzinho – Colégio Estadual Nova Visão (351 matrículas)
Clevelândia – Colégio Estadual Presidente Castelo Branco (494 matrículas)
Coronel Vivida – Colégio Estadual Tancredo Neves (361 matrículas)
Dois Vizinhos – Colégio Estadual Vinícius de Moraes (384 matrículas)
Francisco Beltrão – Colégio Estadual Professor Vicente de Carli (567 matrículas)
Francisco Beltrão – Colégio Estadual Beatriz Biavatti (394 matrículas)
Palmas – Colégio Estadual Monsenhor Eduardo (436 matrículas)
Palmas – Colégio Estadual Sebastião Paraná (1.257 matrículas)
Pato Branco – Escola Estadual Carmela Bortot (386 matrículas)
Pato Branco – Colégio Estadual Castro Alves (345 matrículas)
Pato Branco – Colégio Estadual Rui Barbosa (464 matrículas)
Realeza – Escola Estadual Dom Carlos Eduardo (515 matrículas)