Suspeitas de sequestro de crianças alertam pais da região
Casos teriam ocorrido em Chopinzinho e no Campo do Bugre. Vídeos, áudios, e fotos circularam pela internet com imagem dos supostos veículos
Durante esta semana tem circulado pelas redes sociais vídeos, imagens e áudios sobre uma quadrilha que estaria rondando algumas cidades da Cantu na tentativa de sequestrar crianças.
A primeira situação teria ocorrido em Chopinzinho onde um adolescente de 12 anos havia sofrido uma tentativa de sequestro. Conforme as informações iniciais a quadrilha utilizava diferentes veículos, uma van preta, e outro veículo vermelho.
Casos
O relato de Chopinzinho afirmava que o menino de 12 anos havia sido abordado pelos sequestradores com uma van preta em frente à um colégio, onde o homem teria puxado o seu braço e tentado leva-lo a força para o veículo. A família da criança registrou boletim de ocorrência na delegacia da polícia.
Outro relato, também em Chopinzinho, apontava que os suspeitos estariam se passando por vendedores ambulantes de livros e materiais didáticos, em um carro vermelho, fazendo questionamentos a respeito de estudantes e alegando vínculo com a secretaria de Educação da cidade. A prefeitura divulgou nota afirmando que a secretaria não tem vínculo com a empresa e nem gerou autorização para atuarem na região.
Elucidação
Equipes da Polícia Civil e Militar realizaram diligências e abordagens de possíveis suspeitos pela cidade e na região desde o dia (7) quando houve o primeiro relato. Entretanto, nesta quinta-feira (13) foi constatado pelo delegado da 11ª Delegacia Regional de Polícia (DRP) de Chopinzinho Eder Alves de Oliveira, que o suposto crime inicial não era verdadeiro. Conforme o delegado o menino acabou confessando que inventou toda a história em uma tentativa de reaproximar os pais que eram separados. “Refizemos o trajeto realizado pelo jovem questionando-o sobre o que havia ocorrido e onde a van estava. Ao conferir câmeras de segurança do caminho não havia sinal algum de van preta”, afirmou o delegado Eder. Posteriormente pela pressão o menino admitiu a mentira e seus pais foram até a delegacia informar a equipe policial.
Veículo vermelho
Os vendedores de livros foram ouvidos e identificados como Ione Fernandes Dias e Luiz Antônio Martins. Os dois possuem residência em São João e são representantes de uma editora de livros infantis com sede em São Paulo. Eles visitam famílias pela região e foram até a delegacia de polícia após sofrerem ameaças da população que os recebiam com ameaças desde que a história do rapto veio à tona. Em várias residências foram ameaçados de morte e apontados como os criminosos. A Polícia Civil também consultou os documentos de ambos e constatou que nunca tiveram os nomes envolvidos em ilícitos.
O menor de idade responsável pelo primeiro relato responderá por ato infracional análogo de falsa comunicação de crime.