UFFS anuncia curso de graduação em Administração como projeto piloto
O reitor Marcelo Recktenvald, o diretor Martinho Machado Junior e o professor Ivan Maia Tomé discutiram o cenário atual da instituição, a prestação de contas do primeiro semestre e os projetos futuros
Ontem (27) aconteceu na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Laranjeiras do Sul, uma coletiva de imprensa focada na prestação de contas do primeiro semestre e as previsões acadêmicas para os próximos. A primeira pauta foram os investimentos feitos no espaço físico, manutenção no transporte, na acessibilidade e em material, essenciais para que a comunidade acadêmica tenha condições mais adequadas para cumprir suas responsabilidades neste retorno.
Foram discutidas as propostas para a melhora do espaço entre os blocos do campus, expostos as variações do tempo. A questão principal destacou um novo sistema de ensino, que será testado através de um novo investimento da universidade, o curso de Administração.
Estavam presentes no encontro o reitor, Marcelo Recktenvald, o diretor Martinho Machado Junior e o professor Ivan Maia Tomé e membros da imprensa local. O reitor, representante dos seis campi da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), espalhados pelos três estados do Sul Paraná, também esteve presente para prestigiar a colação de grau dos alunos dos cursos de graduação em Agronomia, Engenharia de Alimentos e Engenharia de Aquicultura, que aconteceu na noite de ontem, no Cine Teatro Iguaçu.
Projeto piloto
O método a ser aplicado no curso de Administração, funcionará como um projeto piloto, para testar a integração da tecnologia em sala de aula. Com a participação presencial dos alunos em sala, essas aulas poderão ser ministradas por professores de outros campus ou de lugares distantes, por meio de uma plataforma remota.
Desde o início da pandemia, quando começava a gestão do reitor Marcelo, novas propostas já foram sendo discutidas, por conta da experiência vivida com as aulas à distância. O campus Laranjeiras do Sul, por exemplo, durante o isolamento social, retomou suas atividades através de aulas remotas. A partir disso, surgiu a proposta de um modelo de ensino diferente para toda a universidade.
De acordo com o diretor Martinho, não houveram prejuízos no sentido de qualidade de ensino. “Hoje, existe a possibilidade de potencializar a estrutura física e humana por meio de adaptações, como a experiência proposta para o novo curso”.
No contexto pandêmico, o primeiro período da gestão de Recktenvald foi concentrado nas adversidades do momento, na criação de estruturas dinâmicas, nas novas possibilidades pedagógicas, para que a universidade não parasse e conseguisse manter a regularidade nos processos que antes tramitavam de forma física. A grande sorte, segundo Marcelo, foi a possibilidade de conseguir implantar um sistema de tramitação eletrônica de processos, logo no início de sua gestão. Isso permitiu que a universidade não precisasse parar no período da pandemia. “Eu vejo isso como uma grande sorte, que veio em um momento de maior necessidade. Na prática as nossas entregas foram muito mais de flexibilizações para que a universidade permanecesse com regularidade nas suas atividades”, relata.
Desafios futuros
O desafio, agora, é fazer com que a pandemia não represente uma grande evasão, um fenômeno comum em toda a educação pública, não apenas na superior. Se há menor quantidade de estudantes formandos ou egressos do ensino médio, significa que são poucos os ingressantes na universidade. “É um desafio que nós temos enfrentado e que superamos neste ano, especificamente com o processo seletivo simplificado, suplementar ao Sistema de Seleção Unificada (SISU). Este é o desafio daqui para frente para nós da universidade e para todas as universidades federais do país”.
Sobre a implementação de novos cursos no campus, o diretor Martinho ressalta que a presidência do comitê de Cultura Municipal encaminhou através de ofício, a solicitação de um curso de Artes na universidade. Ele destaca que é a única área não contemplada de conhecimento no campus local.
“Há um início de conversa com professores de outros campi, mas agora a gente vai implementar a Administração para que seja o projeto piloto. Tendo essa experiência no uso de tecnologias, viabilizará também a implementação de demais cursos e na perspectiva de termos mais concursos para docentes e técnicos, para dar conta dessas novas demandas”, disse.