Homem cai de tobogã de sete metros em Itaipulândia e denuncia falta de socorro adequado
Vítima relata demora no atendimento e falta de estrutura, enquanto parque afirma seguir protocolos de segurança
Um momento de lazer em família se transformou em angústia para Thyago Vinicius Oliveira, de 40 anos, que sofreu um grave acidente ao cair de um toboágua no Itaipuland Park, em Itaipulândia, no oeste do Paraná. O impacto da queda de aproximadamente sete metros resultou em múltiplas fraturas na coluna, pelve e sacro, levando a uma internação prolongada e a um longo processo de recuperação.
O acidente
Thyago conta que seguiu todas as orientações dos instrutores antes de descer, mas, ainda assim, foi arremessado para fora do brinquedo. “Quando eu comecei a descer, percebi que estava subindo demais na borda. Quando me dei conta, já estava no chão, gritando de dor”, relata. Segundo ele, a espera por atendimento foi angustiante. “Demorou cerca de 40 minutos para a ambulância chegar. Me colocaram numa maca de qualquer jeito e quase me derrubaram várias vezes. O local onde fiquei era improvisado, sem estrutura adequada”.
O Itaipuland Park, por sua vez, afirma que seguiu os protocolos de primeiros socorros e que sua equipe de socorristas atuou imediatamente. Além disso, garante que conta com um engenheiro interno para realizar vistorias periódicas e que a segurança dos visitantes é prioridade.
No entanto, Thyago rebate essa afirmação, dizendo que o parque só entrou em contato com ele depois que a imprensa começou a investigar o caso. “Se a segurança fosse prioridade, eles teriam me dado assistência e não esperariam a repercussão para se manifestar”, critica.
Reincidência
O caso não é o primeiro acidente registrado no local. Em janeiro de 2023, Rafael Setti também sofreu uma queda ao utilizar o mesmo toboágua. Assim como Thyago, ele falou sobre a falta de um atendimento adequado: “Me tiraram da água sem nenhum protocolo, sem cuidado algum. Um médico que estava no local disse que pelo menos uma cadeira de rodas era necessária. Nem isso foi providenciado” contou. Ele diz ter ficado com mobilidade reduzida e dores constantes, o Itaipuland Park, no entanto, não informou se o brinquedo foi interditado ou se serão realizadas reformas para garantir mais segurança aos frequentadores.
Autoridades e fiscalização
A Prefeitura de Itaipulândia declarou que a responsabilidade por obter laudos e liberações cabe à empresa, já o Corpo de Bombeiros afirmou que os licenciamentos estão em dia e que os brinquedos são atestados pelo engenheiro responsável. Já o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) disse que não tinha conhecimento dos acidentes, mas que realiza fiscalizações periódicas.
Enquanto as investigações seguem, Thyago se agarra à esperança de uma recuperação completa. “Um dos médicos disse que eu posso ficar com sequelas e dificuldades para andar, mas outro foi mais otimista. Prefiro acreditar no segundo”, diz, determinado a superar as consequências do acidente.