O prefeito de Espigão Alto do Iguaçu Agenor Bertoncelo, em entrevista exclusiva ao Jornal Correio do Povo, disse que nesses primeiros meses conseguiu equilibrar e organizar a administração do município.
Segundo ele, foram feitas várias obras, reformas e manutenções em maquinários. “Fizemos a manutenção de estradas, recuperamos boa parte da viação, fizemos poços artesianos em comunidades rurais. Demos uma geral em tudo.
Algumas comunidades rurais de Espigão sofrem com a falta de água, para amenizar o problema, a prefeitura fez uma parceria com a Sanepar para levar água até que precisa. “Temos caminhão contratado puxando água pra socorrer o pessoal. A prefeitura está bancando todos os custos para não deixar as pessoas sem abastecimento”, relata o prefeito.
Projetos
O prefeito, conta que o município está em busca de muitos recursos, a maioria do governo do Estado em parceria com deputados. Temos vários encaminhados, alguns já chegaram e estão sendo clocados em prática.
Um dos projetos que se destaca nesta gestão, é a instalação de uma grande fábrica, que já está com os recursos garantidos. “Está bem projetada e a nossa prioridade é geração de empregos. Se tudo der certo dentro de 90 dias daremos início a obra”, afirma.
Valorização
Bertoncelo diz que tem um compromisso de campanha, que só não cumpriu ainda devido a pandemia. Conforme ele, há muitos anos os funcionários públicos não tem o reajuste anual de salários. Está sendo programado financeira e legalmente um aumento, que a partir de janeiro será enviado para a Câmara. “Vamos ter o cuidado de não gastar mais do que se arrecada, a gente vai conseguir fazer quem ganha um salário de R$1.100 passar a R$1.500 e quem ganha de R$1.500 vai para R$ 2.000. Temos que ter uma preocupação com os funcionários públicos, inclusive somos um dos poucos municípios da Cantu que atende o piso da Educação. Temos que cuidar dos nossos dentro de casa para que eles atendam a população”.
Pandemia
O prefeito Agenor relata que os casos estão controlados e que a situação já está bem mais amena em Espigão. “Já estamos vacinando pessoas entre 59 e 60 anos. Acredito que agora a vacinação demore um pouco mais a vacine temos uma diminuição dos casos ativos. Chegamos a ter que fechar a prefeitura, tivemos uns dois ou três meses fechados”, fala.
Para o Chefe do Executivo de Espigão, o presidente Jair Bolsonaro, dificultou bastante a questão das vacinas. “Ele deveria ser o primeiro a incentivar comprar as vacinas, mas foi uma briga politica acredito eu”.
Segundo o prefeito, ele sempre apoiou o presidente, mas discorda da forma como Bolsonaro tratou a pandemia. “Ele bateu muito de frente com a única coisa que poderia ser a salvação, que era a vacinação. Bateu de frente com a imprensa, com os próprios ministros. Eu era fã dele, mas me decepcionei”.
Volta às aulas
Com relação a volta às aulas, Agenor se diz preocupado e com medo. “O governo estadual deixou a critério dos municípios, mas estamos trabalhando conforme o Estado. Se aulas da rede estadual realmente voltarem dia 24, as aulas do município também voltarão. Se houver casos nas escolas, o transtorno será grande”.
Na opinião dele, o correto seria vacinar todos os professores primeiro, para assim garantir maior egurança. “Vamos liberar o transporte escolar, trabalhar firme e torcer para dar tudo certo, mas é arriscado”, completa.