Noreci Claro, vereadora de Foz do Jordão, conta sobre sua luta contra a doença, como descobriu e alerta sobre a importância do autoexame
Neste sábado (30) se encerra a Campanha do Outubro Rosa, cujo objetivo é alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, e, mais recentemente, sobre o câncer de colo do útero. Entretanto, os exames de rotina e cuidado continuarão ocorrendo normalmente.
Em Foz do Jordão, um caso muito próximo, ocorrido com a vereadora Noreci Claro, emocionou a população na terça-feira (19). Atualmente com 51 anos, ela passou por um processo de luta contra o câncer que perdurou por quase um ano. “O tratamento me deixou muito debilitada, com a imunidade baixa e passível de uma depressão profunda”, relatou.
Segundo a vereadora, a descoberta do nódulo foi realizada por ela mesma, a partir do toque. “O que me deixou surpresa foi o tempo que eu levei para procurar apoio médico mesmo depois de perceber. Levei uns três ou quatro meses para fazer o exame de mamografia. Quando o resultado saiu, já estava em estágio avançado”.
Noreci durante as sessões de quimioterapia Noreci um ano depois do tratamento
Importância do exame
Registros indicam que o câncer de mama é uma das principais causas de morte de mulheres no Brasil, por isso a urgência da conscientização, que não deve se limitar ao mês de outubro. “É de suma importância lembrar constantemente que todas nós temos direito à saúde e ao acesso a exames preventivos. E, para isso, a mamografia que é o exame mais eficaz para o diagnóstico precoce do câncer de mama”, disse Noreci.
Noreci lembra que a suspeita dela começou em 2013, logo após o nascimento do segundo filho, quando saiu secreção de sua mama esquerda. “Fiz acompanhamento, mas a biópsia não acusou nada para malignidade. Em 2014, passei por uma cirurgia para fechar o ducto, onde os médicos encontraram um papiloma intraductal, que já necessitava de acompanhamento; mas como não havia mais secreção, me despreocupei”, relata.
Quando ela recebeu o diagnóstico, já em 2018, que indicava um Carcinoma Invasor em estágio avançado, precisou passar por seis sessões de quimioterapia e depois pela retirada total da mama (mastectomia). “É como dizem ‘quem procura, acha’, mas quem acha, cura!”, brinca. A vereadora orienta que toda mulher tem garantido por lei o direito de se tratar, e se preciso, reconstruir sua mama.
Depois de vencer o câncer, Noreci relata se sentir muito mais saudável do que antes e disposta a ajudar outras mulheres a acreditarem na cura. “Meu relato é um alerta para todas as mulheres. Não deixem para amanhã, faça em casa mesmo seu auto-exame, se toquem. Nosso corpo fala e nós devemos ouvi-lo”.
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