Responsivo

Setembro Amarelo: psicóloga Nezia Santos faz alerta sobre as causas e prevenções contra o suicídio

Neste sábado (10) é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Pela data o mês de setembro é voltado a inúmeras campanhas que visam conscientizar as pessoas sobre o suicídio para evitar as ocorrências

O ‘Setembro Amarelo’ é uma campanha de prevenção ao suicídio, iniciada em 2015. O mês de setembro foi escolhido para a campanha pois, desde 2003, o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, campanhas são realizados o mês inteiro, em todos os sistemas de saúde do país, buscando conscientizar as pessoas sobre o suicídio e evitar as ocorrências, além de obter maior visibilidade para o assunto. O slogan da campanha deste ano é ‘Falar é a melhor solução’.

A psicóloga Nezia Santos de Cantagalo, explica que a depressão é uma das principais causas que levam ao suicídio.

“A depressão é o diagnóstico mais comum em suicídios, essas pessoas se sentem deprimidas, tristes, solitárias e instáveis de tempos em tempos”, aponta. “A depressão é um problema complexo, que não se baseia em uma única razão, resulta de uma complexa interação de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, culturais e ambientais”. Nezia enfatiza que não se deve generalizar, pois a depressão não se caracteriza apenas pela tristeza.

Tristeza fisiológica e depressão

De acordo com Nézia, uma tristeza passageira é diferente de depressão. “Na tristeza normal, o paciente apresenta pensamentos negativos, mas não se sente incapaz de realizar as tarefas e atividades rotineiras”, ressalta.

“No caso depressivo, existe ausência de prazer, que o paciente não sente vontades e nem perspectivas para o futuro, os pensamentos negativos passam a dominar sua autoimagem, paralisados em um estado de desesperança total”.

Depressão tem cura?

Segundo ela, a depressão não tem cura, mas existe a redução dos sintomas onde é necessário constante acompanhamento. “Apesar da depressão ser a causa mais comum entre as pessoas que cometem suicídio, ela não é única. Estudos, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento revelam dois importantes fatores relacionados ao suicídio”.

“Primeiro, a maioria das pessoas que cometem suicídio tem um transtorno mental diagnosticável. Segundo, suicídio e comportamentos suicidas são mais frequentes em pacientes psiquiátricos” revela a psicóloga.

Falando sobre o assunto

De acordo com Nezia, podemos descobrir que uma pessoa está com pensamentos suicidas conversando com ela.

“A melhor maneira para descobrir se uma pessoa tem pensamentos suicidas é perguntar para ela, ao contrário da crença popular, falar a respeito de suicídio não coloca a ideia na cabeça dela, conversar abertamente com a pessoa, trará alívio e a deixará agradecida”, aponta.

Sinais emitidos por pessoas com pensamentos suicidas

Os sinais mais comuns de pessoas com pensamentos suicidas sãoocomportamento retraído, inabilidade para se relacionar com a família e amigos, doença psiquiátrica, alcoolismo, ansiedade e pânico. Ou até mudanças na personalidade, irritabilidade, pessimismo, depressão, apatia, mudança de hábito alimentar e sono, tentativas de suicídio, sentimentos de culpa, entre outros.

Como ajudar

A psicóloga explica que devemos ouvir sem julgamentos e sem pressa e encaminhar a pessoa o mais rápido possível para um atendimento especializado, para que o grau de risco e seja avaliado para assim aliviar os sintomas.

“As pessoas com pensamentos de suicídio emitem vários sinais, alguns sinais se mantêm durante anos, outras em poucos meses, por isso é necessário buscar tratamento o quanto antes” finaliza Nezia.

Contato Nezia: (42) 9823-7862