Possível entrada da Suécia e Finlândia à OTAN aumenta tensões entre Ucrânia e Rússia

Rússia nega a intenção do uso de armas nucleares e afirma que EUA introduzirão as mesmas armas aos países ingressantes

Nesta segunda-feira (16), a Suécia, decidiu solicitar formalmente a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar ocidental, seguindo o caminho da Finlândia, que anunciou no domingo (15) a intenção de entrada.

Desde a 2ª Guerra Mundial os países escandinávos manteram neutralidade não aderindo a nenhuma aliança militar perante outros conflitos posteriores a 2ª Guerra, como a Guerra Fria. Os dois países do norte europeu, Suécia e Finlândia, em movimento histórico sinalizaram a intenção de integrar rapidamente a aliança militar do Ocidente como resposta a invasão da Ucrânia por parte da Rússia.

A mudança de rumo, considerada o principal movimento da geopolítica mundial é vista como uma grande ameaça pela Rússia, que afirma a aproximação da Otan ao seu território nos últimos anos.

Em contrapartida o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, surpreendeu a aliança dizendo que seu país não irá aprovar a entrada da Suécia e Finlândia à aliança. Para que um novo país integrante seja admitido na organização é preciso unanimidade entre todos os atuais países membros.

Erdogan ainda afirmou que as delegações sueca e finlandesa não precisariam nem se incomodar em ir até a capital do país, Ancara, para convencê-los a aprovar a entrada na Otan.

A Otan é uma organização militar liderada pelos Estados Unidos e possui como membros a Albânia, Alemanha, Bélgica, Bulgária, Canadá, Croácia, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Eslováquia, Eslovênia França, Grécia, Holanda, Hungria, Islândia, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Romênia e Turquia.

Em resposta, o presidente Vladimir Putin, disse nesta segunda-feira que seu país não tem problemas com a Finlândia e Suécia, mas que a expansão da infraestrutura militar em fronteiras de seu território exigiria reação de Moscou, à medida que os países nórdicos saem da neutralidade e se aproximam da adesão à Otan.

Durante uma cúpula da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO), liderada pela Rússia, Putin disse que a expansão da Otan é um problema para a Rússia e que ela deve examinar atentamente o que ele disse serem os planos da aliança militar liderada pelos EUA para aumentar sua influência mundial.