Principal produtor nacional de proteína animal, o Paraná produziu 1,5 milhão de toneladas de carne no primeiro trimestre de 2021, quase um quarto das 6,5 milhões de toneladas produzidas nos primeiros três meses em todo o Brasil. Entre janeiro e março, foram abatidas 521,6 milhões de cabeças de bovinos, suínos e aves no Estado, 12,2 milhões de animais a mais que no mesmo período do no passado, mostram os dados divulgados na terça-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Enquanto o volume de carne reduziu no Brasil em relação ao primeiro trimestre de 2020, a produção paranaense cresceu 4,8% no período. Março foi o mês que liderou o abate, com a produção de 548,5 mil toneladas de carne de frango, suína e bovina, seguido do mês de janeiro (496,2 mil toneladas) e fevereiro (473,4 mil toneladas).
O Estado mantém a liderança folgada na produção de frango, respondendo por um terço da nacional. Foram abatidas, no período, 518,7 milhões de aves, que somaram 1,2 milhão de toneladas de carne de frango. Foram 12 milhões de animais abatidos a mais e um crescimento de 4,9% na produção na comparação com primeiro trimestre de 2020.
O Paraná é também segundo maior produtor de suínos, segmento que teve aumento de 10,6% no trimestre. Foram 241,3 mil toneladas de carne produzidas e 2,5 milhões de porcos abatidos nos primeiros três meses de ano, 211 mil a mais que no mesmo período do ano passado. Já na carne bovina houve redução na produção, com 74,3 mil de toneladas e o abate de 294 mil cabeças – 46,2 mil a menos.
Com os novos status sanitários conquistados recentemente pelo Paraná, de área livre de febre aftosa sem vacinação e zona livre independente de peste suína clássica, a tendência é que o Estado consolide ainda mais a liderança nacional no mercado de carnes, destaca o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
“O Paraná tem agora as mesmas certificações que países como a Austrália e os Estados Unidos, o que nos capacita a abrir novos mercados, para vender àqueles países que pagam melhor pela carne”, destaca. “Tudo isso vai se refletir no aumento da produção e, consequentemente, na ampliação dos investimentos das indústrias de proteína animal, o que já está acontecendo no Estado. O resultado é mais emprego e renda, tanto para os produtores como os trabalhadores desse setor”.
O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, ressalta que os números já refletem esse movimento, com os frigoríficos aumentando a produção e novas plantas sendo abertas no Estado. “Mesmo com o desequilíbrio do preço da carne com o custo da produção, com a alta do dólar refletindo no valor dos insumos, o Paraná segue em ritmo de crescimento no abate”, explica. “E vamos crescer mais e aproveitar o novo status para ir em busca de novos mercados, atraindo mais indústrias e ampliando os turnos de trabalho”.
Ele ressalta que a queda na produção de carne de boi segue uma tendência para o período, com a retenção das matrizes para a criação de bezerros. O Estado foi o oitavo na produção bovina no trimestre. “É um movimento natural dos produtores”, diz.