Após “efeito Covid-19”, demanda por notebooks baratos diminui

Assim que a pandemia começou, o mercado de computadores cresceu bastante devido o formato home-office adotado por diversas empresas globalmente

Assim que a pandemia começou, o mercado de computadores cresceu bastante devido o formato home-office adotado por diversas empresas globalmente. Como esperado, isso não duraria para sempre e, inclusive, o declínio já começou.

De acordo com a empresa de análise Mercury Research, o terceiro trimestre do ano foi o pior para o mercado de notebooks e chromebooks, o que piorou ainda mais o período das fabricantes de CPUs financeiramente. A companhia afirma que a queda já era esperada, uma vez que as vendas foram impulsionadas durante o início da pandemia, com um crescimento de até 180% nos últimos meses.

Outro problema é que as vendas atingiram os mesmos níveis de pré-pandemia rapidamente, ou seja, muito menos do que o esperado.

AMD bate novo recorde

Enquanto o mercado de laptops registrou queda, as vendas do segmento de médio porte aumentaram. Com isso, a AMD garantiu um market share de 25% durante o terceiro trimestre, enquanto a Intel ficou 75,4%.

Segundo o analista Dean McCarron, a AMD ganhou participação no mercado de CPUs e atingiu um novo recorde, representando 22% do último trimestre. Já a Intel perdeu presença, justamente por conta da queda em vendas de laptops e dispositivos de menor custo — enquanto os números da Intel caíram no mercado de dispositivos de menor custo, a fabricante ganhou mais participação no setor de desktops.

Os processadores Intel Celeron e AMD Athlon foram os que mais sofreram durante o período, já que são muito usados em notebooks e computadores de menor custo.

A Mercury também revelou que vendas de processadores para servidores aumentaram significativamente no último trimestre, ajudando a AMD a se estabelecer nesse mercado — a empresa também bateu recorde de vendas de CPUs para servidores.

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