Os produtores de hortaliças do mercado municipal de Laranjeiras do Sul estão enfrentando dificuldades por conta das chuvas incessantes das últimas semanas. O acúmulo de água prejudica as hortaliças e, às vezes, mata toda a plantação.
Esse período chuvoso é propício para a infestação de pragas, que dão muito trabalho para serem controladas, além de outras doenças que aparecem e destroem as plantas que sobrevivem. Na cidade, estima-se que as perdas beiram os 70% da produção. Isso faz com que os comerciantes não consgiam atender a demanda de clientes.
Perdas
“Não podemos deixar as alfaces chegarem ao tamanho certo da colheita, senão apodrecem. Temos que tirará-las em um tamanho não muito grande, o que tira a qualidade do produto quando chega ao cliente’’, relata Nelci dos Santos, feirante do mercado municial há quatro anos.
Até os temperos acabam sofrendo com o excesso de água. ‘’ Salsinha já não tem mais. O cliente pede, mas não tem o que fazer. Com a umidade vêm às pragas, os bichinhos acabam destruindo o restante das plantas, além de umas manchas escuras que aparecem por conta das chuvas’’, conta Nelci.
Para o feirante Silvano Leonel Civiriano, a esperança é a nova remessa que virá de legumes e verduras.” Tivemos uma perda de mais de 70% das hortaliças e legumes. A esperança está na produção nova, porque a velha já não tem o que fazer mais, as que estamos conseguindo colher não tem qualidade e estão apodrecendo’’.
Qualidade perdida
Com fatores desfavoráveis ao produtor, as perdas nas lavouras são inevitáveis. O reflexo disso pode ser conferido nas bancas de verduras e legumes. As cores e as texturas da mercadoria são comprometidas, resultando no descarte de muitos legumes que não podem ser aproveitados.
A produtora Francieli Severiano comenta que estão quase sem produtos para levar aos clientes. ”No mercado municipal quase não temos hortaliças para oferecer, na horta só podridão, fungos e bactérias, uma tristeza’’.
Os produtores aguardam a melhora do tempo e, consequentemente, a volta dos produtos para assim melhor atender o consumidor. Apesar da chuva ser necessária, o excesso é prejudicial à plantas mais frágeis.