Laranjeiras: Projeto de apoio à pessoa em luto oferece grupos com profissionais para ajudar na superação

“O objetivo que seguimos é de fornecer a população com um tratamento humanizado, aferindo-lhes um ambiente de escuta em momentos de solidão e medo”

Após a onda de mortes causada pela pandemia de Covid-19, a Funerária Bom Jesus, decidiu iniciar um importante projeto, totalmente gratuito, de apoio à pessoa em luto. Formando grupos de conversas com pessoas que perderam entes queridos, com o acompanhamento da psicóloga Eva Cristina, as reuniões são presenciais. 

“O objetivo que seguimos é de fornecer a população com um tratamento humanizado, aferindo-lhes um ambiente de escuta em momentos de solidão e medo. As fases do luto se vivem de forma singular, de acordo com as vivências, aspectos emocionais e o contexto de realidade de vida de cada pessoa. Não há regras para viver o luto”, explica Eva Cristina.

Buscando, ainda, conscientizar a população e alertar sobre os estágios fragilizados do luto, a psicóloga explica a seguir como funcionam cada uma.

“Se você reconhecer algum desses sintomas, não espere uma ocasião especial, compreenda que todos os dias são especiais. A morte não faz distinção; quando você é colocado no caixão, você só leva as suas ações em vida”, destaca ela.

Estágio de negação

A reação imediata ao ouvir a notícia da morte de alguém amado é rejeitá-la. A pessoa enlutada não acredita nem quer tentar acreditar na possibilidade de ter perdido um ente querido, então, rejeita a própria realidade. “É impossível!”, ela pensa constantemente. 

“A negação, neste caso, tem como objetivo protegê-la de uma verdade inconveniente, a qual pode desestruturá-la psicologicamente”, ressalta Eva.

Estágio de raiva

Segunda a psicóloga, sentimentos de raiva, angústia, desespero, medo, culpa e frustração são vivenciados constantemente nessa fase. Este turbilhão de emoções faz a pessoa ter condutas ríspidas e desagradáveis consigo mesma, não aceitando muitas vezes ser ajudada.

Estágio de  barganha

A pessoa enlutada negocia consigo mesma ou com a entidade superior em que acredita na tentativa desesperada de aliviar a sua dor. “Diversos pensamentos como ‘se eu tivesse feito daquela forma’ ou ‘se eu fizer X coisa, posso reverter a situação’ fazem parte do pensamento da pessoa em luto. Mesmo que ela tenha consciência da impossibilidade desses feitos, ela os alimenta para consolar a si mesma”, explica.

Estágio da depressão

A pessoa é acometida por um grande sofrimento, o qual pode se estender por um longo período. “É comum apresentarem o comportamento de choro excessivo, que reflete sobre as suas decisões e experiências de vida. Se isola e tem crises de saudade e prejuízo significativo à vida. Este estágio do luto requer muito diálogo e apoio de familiares e amigos próximos, além de acompanhamento psicológico”, continua a psicóloga. 

Estágio de  aceitação

“A aceitação é o último estágio do luto, neste período a pessoa compreende o contexto de realidade em que se encontra, aprende a lidar com a ausência de quem se foi, sem dor ou angústia, em seu coração há espaço para um ciclo de  paz interior. Porém, a saudade será uma constante em suas vidas”, finaliza Eva.

Inscrições

As inscrições podem ser realizadas diretamente na Funerária, no endereço R. Barão do Rio Branco, 2803 – Centro, Laranjeiras do Sul; ou através do telefone/WhatsApp (42) 99829-9100.

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