Gleisi Hoffmann comemora compromisso da Petrobras com reabertura da Fafen no Paraná

“O Governo não medirá esforços para que o país seja autossuficiente na produção de fertilizantes. Não faz sentido importá-lo se temos capacidade para produzir aqui”, afirma a deputada

A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) comemorou a garantia de reabertura da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), na última segunda-feira (14), ao visitar à Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária. Junto dela, estava o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

A fábrica foi fechada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em março de 2020, o que causou a demissão de centenas de trabalhadores e prejudicou a produção nacional, na esteira de duas outras fábricas abandonadas pelo governo Temer: uma na Bahia e outra em Sergipe. O resultado foi um aumento progressivo da dependência brasileira do fornecimento internacional da Rússia, em guerra com a Ucrânia desde no início do ano passado.

Portas abertas?

O compromisso de reativar a unidade do Sistema Petrobras localizada em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), foi feito pelo presidente da Petrobras, durante a visita. “Depois de anos de retrocessos e muita luta junto com os trabalhadores, a Fafen deve voltar a operar. Isso é muito importante para a nossa agricultura e para a segurança econômica do Brasil, senão ficamos na dependência de importação. A agricultura é a base da nossa economia e nós precisamos ter produção de fertilizantes”, afirmou a deputada.

Prazos estipulados

A Petrobras informou que os estudos de viabilidade técnica e financeira estão em andamento e que o assunto será analisado pela Diretoria Executiva e pelo Conselho de Administração da empresa. Segundo Gleisi Hoffmann, o presidente da Petrobras deu um prazo de oito a nove meses para a retomada das atividades da Fafen. “O Governo Lula não vai medir esforços para que o Brasil volte a ser autossuficiente na produção de fertilizantes. Não faz sentido importar o produto se temos capacidade técnica pra produzir aqui”, afirmou a deputada.

Prates reafirmou o papel estratégico que as fábricas de fertilizantes têm para o país. “O Brasil é um grande produtor de commodities agropecuárias, porém, dependente de fertilizantes de origem estrangeira”, apontou o presidente da empresa. “Esse mercado vem enfrentando muitos desafios no mundo todo. A Petrobras tem interesse em investir na reativação da Fafen por conta da sinergia da unidade com a Repar. Além de reduzir a dependência do país em relação à importação do produto, com a operação, vamos gerar emprego e renda”.

De acordo com a Petrobras, a Fafen possui capacidade de processamento de cerca de 1,9 mil toneladas por dia de ureia e 1,3 mil toneladas por dia de amônia, usadas na produção de fertilizantes agrícolas. A matéria-prima usada na unidade é o resíduo asfáltico, que pode ser obtido na Repar.