O tema foi escolhido com base no problema de contaminação da água enfrentado pela comunidade Porto Pinheiro
Em um período de pandemia, onde as atividades presenciais das escolas estão suspensas, a Escola do Campo Candida Oliveira Luz, na comunidade de Porto Pinheiro, em Porto Barreiro, continua com os trabalhos, atuando como uma escola viva que faz algo a mais do que ensinar os conteúdos programados.
Todos os anos é desenvolvido um projeto a partir da problemática da comunidade e da realidade da escola. Todas as turmas participam.
Em 2020 a temática foi hortas em casa em tempos de pandemia, onde cada aluno produziu sua horta.
A professora Luciana Rigon, que é uma das idealizadoras do projetos, conta que este ano o tema foi escolhido pelos pais. “Foi discutido no grupo de Whatsapp da escola se continuaríamos com o projeto das hortas estendendo para avós e tios ou se trabalharíamos algo sobre meio ambiente e água. Uma mãe que é agente de saúde me chamou do privado e pediu que trabalhássemos sobre a água, pois a coleta de qualidade feita em nossa comunidade acusou contaminação”.
Luciana expôs a sugestão grupo e os pais optaram pelo projeto da água e escolheram o nome “Sem água não tem vida”.
O projeto
A professora explica que o projeto “Sem água não tem vida” é interdisciplinar e envolve todas as turmas da escola. “Como estamos em um período de educação remota, em cada entrega de atividades vai uma relacionada ao projeto envolvendo todas as disciplinas. Ao mesmo tempo nos mantemos vinculados com as crianças, pais e a comunidade escolar, não deixando de trabalhar de forma diferente os conteúdos, despertando o gosto de fazer as atividades abordadas”, relata Luciana.
Conforme a professora, dentre os trabalhos realizados sobre a água, está um vídeo sobre a história da água feito pela professora Adrieli Cassol e outro explicativo de onde vem a água, explorando também a questão turística tendo em vista que a comunidade possui uma cachoeira, este último foi produzido pela professora Célia Skrzypczak.
“Já temos frutos comunidade escolar, secretaria de Educação, Samea, secretaria de Agricultura, Saúde e Vigilância Sanitária”, diz Luciana.
Até o dia 21 de setembro o projeto tem uma grande meta de plantio de árvores em parceria com a SAMAE e secretaria de Agricultura, pois segundo Luciana, algumas fontes dentro da comunidade precisam ser recuperadas. “Nosso projeto não fica só nos 28 alunos, ele atinge e beneficia toda a comunidade”, completa a professora.