Saiba quais cuidados tomar ao fazer lavagem nasal
Procedimento simples, com soro fisiológico, ajuda a aliviar sintomas e prevenir complicações comuns nas estações mais frias
Com a chegada do outono e do inverno, aumentam os casos de problemas respiratórios, como gripes, resfriados, crises de sinusite e até covid-19. Isso se deve, principalmente, às baixas temperaturas, ao ar seco e à maior permanência das pessoas em ambientes fechados — condições ideais para a propagação de vírus e agravamento de sintomas como o nariz entupido. Nesse cenário, a lavagem nasal se destaca como uma prática simples, segura e eficiente para aliviar o desconforto e prevenir complicações.
Por que fazer a lavagem nasal?
O procedimento ajuda a remover o excesso de muco, impurezas e micro-organismos das vias respiratórias superiores, contribuindo para a melhora da respiração e para a redução de infecções. É especialmente benéfico para quem sofre com sinusites, rinite alérgica ou congestão nasal frequente.
Vale o alerta: a lavagem deve ser feita somente com soro fisiológico, nunca com água pura — mesmo que limpa. Além disso, a solução deve estar em temperatura ambiente ou levemente morna para garantir uma limpeza eficiente e confortável.
Passo a passo para adultos
A lavagem pode ser feita com o auxílio de uma seringa sem agulha ou com um frasco próprio para isso, que libera o soro de forma controlada. Veja como fazer corretamente:
- Aqueça o soro fisiológico até que esteja morno;
- Incline a cabeça para o lado oposto ao da narina que receberá o soro, mantendo a boca aberta;
- Introduza a seringa ou frasco na narina com cuidado, sem pressionar o septo nasal;
- Aplique o soro com leve pressão — o líquido deve sair pela outra narina, levando o muco embora;
- Repita o processo no outro lado;
- Se o soro não sair pela narina oposta, assoe o nariz suavemente ao final da lavagem.
Realize todo o procedimento sobre a pia, com as mãos higienizadas e os materiais limpos, para evitar riscos de contaminação.
Cuidados especiais com crianças e bebês
Em crianças, a lavagem nasal segue os mesmos princípios dos adultos, mas com algumas adaptações: o volume de soro deve ser menor, cerca de 5 a 10 ml por narina, para evitar que o líquido atinja o ouvido médio, o que pode causar infecções.
Para bebês, o cuidado deve ser redobrado. O ideal é que o responsável mantenha o bebê em posição ereta, apoiado ao corpo, com a cabeça levemente inclinada para o lado oposto ao da aplicação. A seringa é o instrumento mais indicado para esse público.
Importante: lavagem não substitui tratamento
Apesar de todos os benefícios, a lavagem nasal não cura doenças. Ela é uma aliada na prevenção e no alívio dos sintomas. Caso a obstrução nasal ou outros sintomas respiratórios persistam, é fundamental procurar orientação médica.
Em tempos de ar seco e maior circulação de vírus, manter as vias respiratórias limpas é um gesto de cuidado com a saúde. Pequenos hábitos, como a lavagem nasal, podem fazer grande diferença no bem-estar durante o frio.