Após 105 anos, primeira mulher assume a presidência da Academia Brasileira de Ciências

“Precisamos de todos os gêneros para termos o país que queremos”, diz a bióloga e biomédica eleita Helena Nader

Após 105 anos de existência, a Academia Brasileira de Ciências (ABC), pela primeira vez, está sob o comando feminino. Foi eleita a bióloga e biomédica paulistana de 70 anos, Helena Nader, que tomou posse em uma cerimônia no Museu do Amanhã, na região central do Rio de Janeiro.

Mulheres na Ciência

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, participou da cerimônia e reiterou que a sociedade precisa ter essa percepção da contribuição da mulher, tanto na educação, quanto na ciência e tecnologia. “As mulheres já são maioria nos campos universitários e na pesquisa, por isso é importante que possuam protagonismo no papel da ciência. Então acho que é inspirador e algo que temos muito a comemorar”.

Vitória feminina

Helena Nader ressaltou que ter uma presidente na Academia Brasileira de Ciências é uma vitória para a mulher brasileira. “Eu vejo como um momento importante para as meninas olharem e dizerem que também querem ser cientistas. O Brasil acredita na ciência e o povo brasileiro é muito inteligente. Cheguei aqui graças a muito esforço, mas também a muita perseverança e resiliência”, declarou Nader.
E ainda deixou um recado: “Meninas, mulheres, não tem o que vocês não possam fazer, não aceitem o não como resposta e juntas vamos mudar o Brasil. Precisamos de todos os gêneros para termos o país que queremos”.

Membros

Vice-presidente da ABC desde 2019, a biomédica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), assume o cargo para o triênio 2022-2025 e sucede o físico Luiz Davidovich. O químico Jailson Bittencourt de Andrade, professor aposentado da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e atuante no Centro Universitário Senai-Cimatec, passa a ocupar a vice-presidência. Os outros membros da nova gestão podem ser conferidos no site da ABC.