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Greve afeta aproximadamente 300 campi de Institutos Federais

Trabalhadores pedem reestruturação das carreiras, a reposição salarial e orçamentária

Desde ontem (08), professores e servidores técnico-administrativos de cerca de 300 campi de institutos federais deram início a uma greve, sem previsão para o retorno às atividades habituais. A maioria dos campi aderiu à paralisação a partir de 3 de abril. De acordo com o Sisasefe, sindicato que representa os servidores, todos os alunos dessas instituições estão sem aulas.

Reivindicações

  • Reestruturação das carreiras;
  • Reposição salarial;
  • Revogação de normas educacionais implementadas nos governos Temer (2016-2018) e Bolsonaro (2019-2022), como a reforma do ensino médio;
  • Aumento no orçamento das instituições de ensino e reajuste imediato nos auxílios estudantis.

Posição do governo

O Ministério da Gestão comunicou que, em 2023, concedeu um reajuste linear de 9% nos salários e de 43,6% no auxílio-alimentação. Segundo o ministério, esse foi o primeiro acordo firmado com as categorias em oito anos. Para 2024, o governo propõe:

  • Aumentar o auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1.000;
  • Aumentar em 51% os recursos para assistência à saúde;
  • Elevar o auxílio-creche de R$ 321 para R$ 489,90. Essas propostas estão em negociação com as entidades educacionais em reuniões específicas, conforme divulgado pelo Ministério da Gestão ao portal g1. Um relatório final com o plano de reestruturação das carreiras será apresentado à ministra Esther Dweck em 27 de março.

O Sisasefe ressaltou que o diálogo entre os sindicatos e o governo federal teve início em junho de 2023. Contudo, até o momento, o governo não apresentou uma proposta satisfatória às demandas da categoria, de acordo com o sindicato.“A entidade representativa dos trabalhadores informou que, após a reunião em 18/12/2023, os servidores federais da Educação Profissional, Científica e Tecnológica passaram a discutir a possibilidade de greve, aprovada em 27/03 e iniciada em 03/04.”