Pesca esportiva, uma paixão que começa desde cedo
Gustavo Alves presidente da Santiago Pesca Esportiva, fala deste esporte que envolve não só a pesca mas a conscientização da preservação do ecossistema
A pesca esportiva é o segundo esporte mais praticado no Brasil, perdendo apenas para o futebol. Seu objetivo é que os peixes sejam sempre devolvidos à água. O perfil dessa prática tem mudado, antes era praticado apenas para pescadores do sexo masculino e hoje famílias inteiras são incluídas nessa modalidade.
Em entrevista ao Correio do Povo, o presidente da Santiago Pesca Esportiva, Gustavo Rodrigues Alves, fala sobre a paixão pelo esporte que começou ainda criança.
Veterinário e pecuarista de Laranjeiras, Gustavo é natural de Umuarama. “Fui influenciado por meu pai, que sempre teve fazendas nas quais haviam açudes e rios por perto, e a paixão dele se tornou também a minha”.
Associação
Gustavo relembra que há 16 anos existiam campeonatos organizados por Rio Bonito do Iguaçu, e quem praticava a pesca esportiva era contra a ideia, visto que muitos peixes eram abatidos. “Juntando um grupo de 10 amigos, realizamos um torneio interno que foi evoluindo e trazendo mais adeptos e até que formamos a Associação Santiago Pesca Esportiva (ASPE)”, conta.
Ao assumir o cargo de presidente da ASPE, Gustava e a diretoria dedicam muito tempo pensando em melhorar o campeonato.
“Algumas etapas foram cobertas pela Fish TV – canal nacional de pesca esportiva- pois sozinho ninguém faz nada” .
O campeonato que começou com um grupo pequeno cresceu e em 2021 chegou a 100 equipes inscritas.
Esporte
A competição ocorre de março até outubro e conta com sete etapas ao ano e funciona de forma que o participante pegue a traíra, meça no barco, faça um vídeo e a solte no mesmo local onde tenha sido capturada. “Antes a gente fazia o competidor trazer a traíra até a praia para medição, mas por tirá-la de perto do ninho, causava muito impacto ao pescado. Por isso, resolvemos fazer por vídeo”, explica o organizador.
A prática do esporte é saudável e envolve não só a pesca mas a conscientização da preservação do ecossistema. “A emoção de pescar um peixe e devolvê-lo à natureza é inigualável. Só quem conhece e convive com esse esporte sabe como é”.
Campeonato
As inscrições para a primeira etapa do campeonato que ocorrerá em março já começaram.
As premiações ocorrem durante todas as etapas – que são sete -, independente da classificação, com sorteios de brindes e vale-compras em lojas de pesca além de troféu do primeiro ao quinto colocado.
Na tão esperada final do campeonato, os 10 melhores participantes – que vencerem mais etapas – ganham além do reconhecimento, troféus e participam dos sorteios de motores elétricos e vales em dinheiro.
Diferencial
Para a 17° edição a equipe campeã da categoria mais acirrada ganhará três anéis de prata com o brasão do campeonato. Para as categorias Fusion e Master, o sorteio será de dois barcos de alta performance para pesca esportiva, no valor de R$ 45 mil cada.
“O participante leva a experiência para a vida pois o status de campeão tendo concorrido com tantas equipes e por um longo período deve ser guardado na memória” .
Metas
A associação que é de Rio Bonito, como utilidade pública está pleiteando recursos para construir uma cozinha industrial, banheiro masculino e feminino com acessibilidade e duchas para melhor recepcionar quem acampa.
“Se Deus quiser, até a segunda etapa teremos estrutura finalizada. Temos terreno grande e barracão oriundo da receita que entra da competição, tudo para receber o pessoal do evento” .
Legislação
O campeonato é acompanhado pela Marinha e Polícia Ambiental, portando os participantes devem portar a documentação da embarcação em dia, assim como a Arrais Amador – espécie de CNH para pilotar barco e jet ski. O barco também deve conter colete salva-vidas e extintor, dependendo da categoria que pertencer.
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