Como recuperar a sanidade depois da pandemia?

A psicóloga laranjeirense Maria Viliane afirma que é necessário procurar ajuda antes que a situação se agrave

Há mais de sete meses, a pandemia do novo coronavírus chegou no Brasil, alterando a rotina de milhões de pessoas. De uma hora para outra, planos foram interrompidos e a necessidade de isolamento social se impôs como a única forma de conter um avanço ainda mais rápido da doença.

Além de todos os cuidados e preocupações com a transmissão da covid-19, essa situação trouxe consigo sentimentos como insegurança, estresse, apatia, raiva, nostalgia, insônia, entre outros, fazendo soar o alarme da saúde mental das pessoas.

A psicóloga laranjeirense Maria Viliane Wachak, afirma que compreender os impactos que esse evento tem sobre a visão do mundo se torna mais simples quando contamos com a ajuda desses profissionais.

“Essa situação tende a intensificar aquilo que já era latente e que já estava ali de alguma forma. O que percebemos é que nenhuma pessoa está passando ileso por isso. Todos os indivíduos estão sentindo mudanças na saúde mental em algum nível. Isso em virtude dessa insegurança e incerteza do que irá acontecer”, aponta.

Ansiedade

Maria Viliane, explica que entre os sintomas relatados estão a falta de ar, dificuldade para dormir, dores de cabeça mais intensas, sensação de aperto no peito, vontade de chorar, irritabilidade maior, entre outras.

“Ficamos à flor da pele, descontando essa raiva, frustração nas pessoas mais próximas. Uma frustração por não poder se planejar a médio, longo prazo. Por não estar conseguindo estar no controle de alguma situação. Na psicoterapia trabalha-se o sentido de aliviar essa angústia”, frisa.


Como recuperar a “sanidade” depois da pandemia?

A psicóloga afirma que o ideal não é procurar ajuda depois que a pandemia passar, pois não se sabe quando isso ocorrerá.

“Procure ajuda quando perceber que algo está fora do normal, como os sintomas citados acima. Não deixe isso se acumular, isso vai possibilitar as doenças imunodepressoras. E pior serão as consequências para o organismo como um todo”, enfatiza.

Para manter a sanidade é recomendado encontrar coisas que tragam prazer dentro de casa:
-Ler um bom livro
 -Manter o contato com as pessoas apesar do distanciamento
-Mandar um áudio para alguém
– Fazer vídeo-chamada

São as pequenas ações que auxiliam nesse processo.

Segundo Maria Viliane, são inúmeras as lições que esse momento traz para a população, mas uma das principais é que todas as ações impactam no coletivo.

“As máscaras não são apenas para proteger a mim mesmo, mas toda a sociedade. O principal é essa responsabilidade coletiva. A ideia é que estar cuidando de mim eu vou estar cuidando do outro”.


Viver um dia de cada vez

Para finalizar, a psicóloga deixa uma dica prática para equilibrar as emoções nesse momento delicado.

“Não se antecipe a médio e longo prazo. O que eu tenho para fazer hoje? É A, B e C? Então vou dar conta disso. E assim vou me preocupar com uma coisa de cada vez. Não adianta se programar para daqui a um mês se não sabemos o que há no mês seguinte. Vamos viver um dia de cada vez. Isso vai passar, e vamos superar isso”.

 

 

 

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