Mesmo com a vacina o uso da máscara é indispensável. Entenda o porquê

As vacinas contra a Covid-19 trazem a expectativa de retrocesso da pandemia, mas esse cálculo não é tão simples. Mesmo com a vacinação, a máscara, o distanciamento social e o álcool em gel continuam sendo necessários na luta contra o novo coronavírus.

Estudos compravam que nenhuma vacina impede de contrair a doença, mas que, caso a pessoa seja exposta ao vírus, se vacinada, ela pode não ter sintomas graves e se recuperar sem complicações. “Ou seja, a vacina é segura e eficaz, mas os cuidados básicos continuam sendo essenciais para não contaminar outras pessoas”, explica Alex Sandro Jorge, professor do curso de Farmácia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

Considerando que a taxa de vacinação da população ainda não é muito alta, de acordo com ele, ainda não é possível deixar de usar as máscaras, pelo menos até que grande parte da população se vacine. “Isso porque mesmo com as duas doses da vacina, devido à possibilidade de circulação de novas variantes da doença, a pessoa pode ser infectada e ser transmissora. A máscara é indispensável para o cuidado com o próximo”, ressalta.

Máscaras

Maria Aparecida, professora de História de Espigão Alto do Iguaçu, acrescenta que as máscaras são utilizadas há muitos anos nos serviços de saúde e constituem uma barreira essencial para evitar qualquer infecção por vírus, não apenas o coronavírus.

“Da Peste Negra ao Smog Sufocante, da poluição do tráfego à ameaça de ataques de gás, coberturas faciais têm sido usadas nos últimos 500 anos. Embora as primeiras máscaras fossem usadas como disfarce, vestir uma máscara protetora remonta pelo menos ao século 6 a.C. Imagens de pessoas usando panos sobre a boca foram encontradas nas portas de tumbas persas”, detalha.

Além disso, ela relembra que é essencial manter o uso da máscara de acordo com o tipo e ao público ao qual se destina: máscara de tecido, por toda a comunidade em ambientes fechados ou abertos, mas estas devem possuir três camadas; máscara cirúrgica, utilizada por profissionais de saúde que atendem pacientes sem suspeita de Covid-19 a menos de um metro de distância; e máscara N95, utilizada por profissionais de saúde que atendem pacientes com suspeita ou confirmação.

Cuidados

É necessário ficar atento ao distanciamento social de pelo menos 1,5 metro e a higienização das mãos para minimizar o risco de infecção. “O preferencial é lavar com água e sabão, mas, se não for possível, em locais públicos é importante estar carregando o álcool em gel”, ressalta a professora.

Ela finaliza explicando que o principal cuidado é a questão de consciência, respeito e proteção ao próximo. “Enquanto profissionais da educação, estamos todos em contato direto com muitas pessoas que ainda não puderam se beneficiar das duas doses da vacina. Na posição de profissionais, só podemos tirar a máscara quando tivermos um impacto da vacinação sobre a circulação do vírus”.

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