Conheça a Osteopatia e como ela pode ajudar seu bebê

Ela não visa tratar um sintoma, mas sua causa, com manipulações que restabelecem a mobilidade correta do tecido orgânico

Desenvolvida pelo médico americano Andrew Taylor Still (1828-1917), a Osteopatia utiliza várias técnicas terapêuticas manuais, dentre elas, a da manipulação do sistema músculoesquelético (ossos, músculos e articulações) para auxiliar no tratamento de doenças. Still postulou as primeiras leis da Osteopatia, respeitadas até hoje e sobre as quais, todo tratamento deve ser baseado: O ser humano é uma unidade de função dinâmica; O corpo possui mecanismos de autorregulação que são por natureza de autocura; Estrutura e função estão relacionadas em todos os níveis; Para um funcionamento adequado todas as estruturas vasculares e nervosas devem estar livres no seu trajeto. É reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como prática para recuperação e manutenção da saúde.  No Brasil é reconhecida como especialidade da Fisioterapia, através da Resolução do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) nº 220/2001.

Como funciona?

Osteopatia considera o corpo como um todo e é sustentada pelo princípio de que as várias estruturas que o compõem as  articulações, ligamentos, músculos, órgãos internos – são interdependentes: qualquer funcionamento incorreto de um elemento pode afetar os outros e desequilibrar todo o corpo. Consequentemente, ela não visa tratar um sintoma, mas sua causa, com manipulações que restabelecem a mobilidade correta do tecido orgânico. Essa terapia, reconhecida pela área médica, não é substituta da medicina convencional, mas complementar e muitas vezes faz toda a diferença. Ela é muito usada em adultos é conhecida por aliviar a dor nas costas, ciático e dor nas articulações, além de contribuir para o tratamento de doenças diversas como constipação, infecções urinárias, asma, dor de ouvido, enxaqueca, dificuldade para dormir e distúrbios de estresse. Vale lembrar que durante a gravidez pode ajudar a aliviar a dor e preparar seu corpo para o parto.

Para bebês

Apesar de trazer bons resultados em adultos, os bebês são particularmente receptivos a essa técnica, que geralmente produz efeitos espetaculares neles, ela auxilia a ter um sono mais tranquilo, no alívio das cólicas, refluxo, disfunções cranianas, problemas digestivos, choro contínuo, dificuldade em amamentar ou bronquite de repetição. Nas semanas seguintes ao nascimento, um check-up breve com um osteopata é sempre útil, pois os bebês sofrem pressões significativas no parto e que muitas vezes causam microtraumas. Essa sessão é altamente recomendada quando ocorre um parto difícil, se caso tenha sido um parto muito longo ou muito intenso e rápido, com uso de fórceps ou parto a vácuo, apresentação pélvica, parto induzido ou cesariana muitas vezes atrapalham o funcionamento normal das estruturas cranianas do bebê. Um osteopata será capaz de detectar esses problemas e resolvê-los rapidamente. Além disso, adquira o hábito de observar seu bebê com atenção, cabeça achatada na parte de trás, cabeça sempre virada para o mesmo lado, rigidez nos membros, posturas que parecem estranhas ou falta de energia são sinais que podem revelar pequenos bloqueios que um osteopata será capaz de corrigir.