A Campanha Maio Vermelho, que acontece no mês de combate ao tabagismo, tem o objetivo de alertar a população sobre os riscos do tabaco e a importância do diagnóstico precoce no tratamento do câncer de bexiga. A campanha acontece em vários estados do Brasil e é uma idealização da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU, secção SP).
Além da possibilidade do câncer de bexiga, o tabaco afeta os pulmões de forma a aumentar o risco de desenvolvimento da forma grave da covid-19, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O câncer de bexiga está em 7º lugar no Brasil dentre os tipos de tumores mais comuns na população. Dados publicados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), mostram que, em 2020, foram cerca de 10.640 mil casos, com 4.517 óbitos. Segundo a SBU-SP, só no estado de São Paulo, a taxa é de 13,09 casos para cada 100 mil homens. A estimativa de novos casos para 2022 é de 7.590 casos em homens e de 3.050 em mulheres.
Fatores de risco
Além do cigarro, a idade é um fator significativo. Mais de 70% dos tumores são diagnosticados após os 65 anos e a idade mediana do diagnóstico é de 73 anos. Em homens, a incidência do câncer de bexiga é de três a quatro vezes maior do que em mulheres. Outro ponto é a etnia: brancos tem aproximadamente duas vezes mais risco de desenvolverem o problema do que negros.
O principal sinal relacionado aos tumores de bexiga é a presença de sangue visível na urina. Entretanto, a doença também pode causar alteração do padrão urinário, provocando sintomas chamados de armazenamento, ou irritativos, que são o aumento da frequência com que o indivíduo urina, tanto de dia quanto de noite, a necessidade de urinar com urgência, além de dor/ queimação ao urinar. Num cenário de doença mais avançada, o paciente pode apresentar dor nas costas e emagrecimento.