Com o apoio institucional do governo do Estado por meio do programa de incentivo fiscal, seis cooperativas paranaenses se uniram para a construção de uma nova maltaria na região dos Campos Gerais. O investimento do consórcio Intercooperação na fábrica de malte para a produção de cerveja é de R$ 1,5 bilhão. A estimativa inicial é de gerar 100 empregos diretos, além de outros mil indiretamente. A planta deve começar a ser erguida ainda neste ano, em uma área entre as cidades de Ponta Grossa e Carambeí.
O anúncio foi feito pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior e pelo diretor-presidente da Cooperativa Agrária, Jorge Karl, durante a assembleia virtual comemorativa dos 50 anos do Sistema Ocepar.
Instalada em Guarapuava, na Região Central, a Agrária lidera o pool de cooperativas responsáveis pelo investimento, que conta ainda com a participação da Bom Jesus (Lapa), Capal (Arapoti), Castrolanda (Castro), Coopagrícola (Ponta Grossa) e a Frísia (Carambeí). Somadas, elas apresentam um faturamento de R$ 16,4 bilhões em 2020.
“Em um momento tão difícil da economia do mundo todo, aqui no Paraná podemos ver a força das cooperativas com a união dessas seis marcas. É um projeto fantástico, ambicioso, que consolida o Paraná como grande berço da produção de cevada no País”, afirmou Ratinho Junior. “Investimento que vai gerar mais empregos e atrair novas indústrias cervejeiras para o Estado”, acrescentou.
Os números do empreendimento são robustos. A área total destinada para o plantio da cevada, que é um dos principais insumos para a produção do malte, vai chegar a 100 mil hectares, alcançando outras regiões do Estado. A produção anual de malte estimada é de 240 toneladas, cerca de 15% do volume do consumo atual no País. O faturamento esperado é de R$ 1 bilhão/ano.
“O projeto é fruto da intercooperação. Queremos com a implantação da maltaria Campos Gerais incrementar a produção de cevada em toda a região, já que todas essas cooperativas possuem conhecimento no plantio deste grão. Iremos unir forças e aproveitar a sinergia. É um projeto arrojado, que vai gerar receita para o Estado e, principalmente, resultado para os nossos cooperados”, destacou Jorge Karl. “O governo do Paraná tem dado muito apoio ao agronegócio, o que facilita acordos como esse”.