Definidos os vencedores do Café Qualidade Paraná 2020
Os produtores Juarez Colatino de Barros, de São Jerônimo da Serra, e Shigue Kuwano Sera, de Congonhinhas, venceram o concurso Café Qualidade Paraná 2020. Eles superaram mais de 300 cafeicultores que participaram desta 18ª edição do concurso. Foram finalistas 99 lotes.
O encerramento do certame aconteceu na tarde desta quinta-feira (19), em solenidade online transmitida pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná). “Este concurso é um movimento de valorização dos atributos do café do Paraná”, afirmou o secretário de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara.
Categorias
O produtor Juarez Barros venceu na categoria cereja descascado e Shigue Sera competiu com um lote de café natural. Também chamada de via úmida, o café cereja descascado tem retirada a polpa do fruto maduro antes da secagem, com o objetivo de deixar o produto por menos tempo no terreiro. Já no processamento natural, ou via seca, os grãos são secados inteiros.
“Os lotes deste ano alcançaram notas maiores que em edições passadas do concurso”, destacou o engenheiro-agrônomo Romeu Gair, da comissão julgadora.
Os campeões têm garantida a aquisição de seu lote pelo valor de R$ 2,2 mil a saca, 216% superior à cotação registrada na quarta-feira (18) na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). Para comparação, o mercado físico de café, praça de Londrina, paga ao redor de R$ 500 a saca de um produto de boa qualidade.
“Esta é uma oferta da organização do certame, mas todos os finalistas ficam livres para comercializar seus lotes, e podem, inclusive, obter ofertas melhores de cafeterias e comerciantes de cafés especiais”, explica o economista Paulo Sérgio Franzini, que coordena a realização do concurso.
Os cafeicultores classificados até o quinto lugar também recebem ofertas de compra pela comissão organizadora — R$ 1,8 mil (vice-campeão), R$ 1,5 (terceiro lugar), R$ 1,3 mil (quarto) e R$ 1,2 mil para o quinto finalista.
Regulamento
O concurso é aberto a produtores de todas as regiões produtoras do Paraná, que podem concorrer com lotes de um a cinco sacas de 60 quilos. Mais de 300 cafeicultores concorreram este ano e após as seletivas regionais, 99 lotes seguiram para a prova final, realizada no Centro de Qualidade do Café do IDR-Paraná, em Londrina, no final do mês passado.
Utilizando a metodologia SCA (sigla em inglês para Associação de Cafés Especiais) uma comissão de provadores experientes avaliou os lotes nos quesitos aroma, doçura, acidez, corpo, sabor, gosto remanescente e balanço da bebida para selecionar os cinco melhores de cada categoria. A escala de pontuação vai até 100.