Eclipse lunar de ontem (19) foi o mais longo em 580 anos
Eclipses ocorrem quando algum astro, como a Lua ou a Terra, fica entre um segundo astro em frente à fonte de luz, o Sol
Na madruga desta quinta (18) para sexta-feira (19), várias partes do mundo, inclusive o Brasil, puderam observar um eclipse parcial lunar, o mais longo em 580 anos, de acordo com a Nasa.
Segundo a agência espacial americana, o fenômeno – que durou aproximadamente 3 horas e 28 minutos – pôde ser visto a olho nu em toda a América do Norte, grandes partes da América do Sul, além da Polinésia, no leste da Austrália e nordeste da Ásia.
Eclipses são o escurecimento total ou parcial de um astro, feito por meio da interposição de um segundo astro frente à fonte de luz. Existem dois tipos de eclipses: o solar e o lunar.
É necessário salientar que tanto o eclipse lunar quanto o solar dependem de um alinhamento das órbitas da Terra, ao redor do Sol, e da Lua, ao redor da Terra; caso contrário, os fenômenos não ocorrerão.
Eclipse Lunar
Um eclipse lunar, igual o desta semana, só pode acontecer em luas cheias. Ocorre, pois, a Terra fica entre a luz do Sol e a Lua, projetando sua sombra no nosso satélite natural. A Lua orbita a Terra cerca de uma vez a cada 29 dias e meio, portanto conforme ela gira ao redor do planeta, sua posição em relação ao Sol faz com que ela mude de fase. Geralmente ouvimos falar de quatro fases lunares: lua nova, quarto minguante, quarto crescente e lua cheia.
Existem três tipos de eclipses lunares:
Eclipse penumbral (em que a Lua passa pela sombra externa da Terra, que bloqueia parte dos raios do Sol, mas não todos).
Eclipse parcial (em que uma parte da Lua passa pela sombra interna ou limiar da Terra, onde bloqueia a luz solar direta).
Eclipse total (em que a Terra bloqueia toda a luz do Sol e impede que ela alcance a Lua).
Eclipse solar
Ocorre o eclipse solar quando a lua fica entre o Sol e a Terra, projetando a sua sombra sobre a Terra. Nas regiões do planeta onde o Sol é observado sendo completamente tampado pela Lua, ocorre o chamado eclipse solar total. Tais regiões encontram-se na posição da sombra da Lua. Nos lugares onde o sol não fica completamente encoberto pela lua, ocorre o eclipse solar parcial, correspondendo às regiões de penumbra da Lua. Caso a órbita da Lua ao redor da Terra fosse alinhada com a órbita da Terra ao redor do Sol, sempre teríamos eclipse solar durante a fase da Lua Nova.
Eclipse e crenças
Eclipses são rondados por crenças e mitos, muitas civilizações tomavam eclipses como sinais divinos, ou até mesmo maldições. Os gregos antigos por exemplo atribuíam aos eclipses solares a ocorrência de desastres naturais. Porém segundo o historiador Heródoto, prever com sucesso um eclipse tinha o poder de mudar corações e mentes. Ele citou como exemplo uma previsão feita pelo filósofo, matemático e astrônomo Tales de Mileto que teria interrompido a batalha de Hális (na atual Turquia), por volta de 585 a.C., entre lídios e medas. Os dois exércitos já estavam no campo de batalha quando a previsão do eclipse se confirmou. Como resultado, todos na batalha se desarmaram e concordaram em fazer as pazes.
Há ainda vários mitos em diferentes culturas envolvendo o Sol ou a Lua sendo devorados pelas sombras, o que já causou muito pânico, superstições e aumento da crença no sobrenatural. Para os chineses antigos, um dragão comia o Sol durante um eclipse solar. Outras culturas do leste da Ásia achavam que o devorador era um sapo gigante. Pelo menos uma interpretação de um mito nórdico descreve que dois lobos celestes comeram temporariamente o Sol.
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