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Prejudiciais ao meio ambiente, garrafas PET podem ser reaproveitadas em uma série de produtos

O material, é 100% reciclável, o problema é que grande parte das garrafas PET são descartadas sem serem encaminhadas para a coleta seletiva.

As garrafas PET são um material conhecido pela sua capacidade de degradar o meio ambiente, porém não é à toa que elas são tão usadas. O material é resistente e permite que líquidos sejam transportados sem risco de quebras, furos e vazamentos.

O material, no entanto, é 100% reciclável. O problema é que grande parte das garrafas PET são descartadas sem serem encaminhadas para a coleta seletiva.

Quando as garrafas passam pelo processo de reciclagem, as possibilidades são muitas. A matéria-prima originada a partir do reaproveitamento pode ser utilizada na manufatura de uma gama muito ampla de produtos, desde materiais de tratamento acústico até itens de vestuário.

Tênis, por exemplo, podem ser fabricados utilizando plástico gerado da reciclagem de garrafas. O material também pode dar origem a roupas, carpetes, cobertores, colchões, estojos e outras peças de tecido.

Na construção, as garrafas PET recicladas podem se tornar pastilhas de revestimento de paredes, semelhantes aos ladrilhos de vidro, e camadas de material isolante acústico para evitar a passagem de ruído através das paredes.

O tratamento acústico que utiliza plástico reciclado tem as vantagens de ser resistente à umidade e, portanto, à proliferação de fungos e micro-organismos, e de ser compactável – além de ecologicamente sustentável.

Há ainda maneiras de reaproveitar as garrafas PET sem precisar submetê-las a processos de reciclagem. De maneira artesanal, as garrafas podem ser utilizadas na confecção de materiais decorativos e de demais itens de utilidade prática, como sofás e botes.

De todo modo, reutilizar o material é ecologicamente fundamental – pois, quanto mais garrafas forem reaproveitadas, menos plástico do tipo PET será acumulado no ambiente.

O que é PET?

PET significa politereftalato de etileno, um polímero termoplástico lançado por dois químicos britânicos em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, nos EUA. Na década de 1970, o material começou a ser utilizado para fabricar garrafas. As garrafas PET se tornaram populares na década de 1990.

Entre as vantagens industriais do PET está a necessidade de pouco material para armazenar uma grande quantidade de líquido. Para as garrafas de refrigerante de dois litros, por exemplo, são necessários apenas 54 gramas de PET – uma das melhores relações custo-benefício da indústria.

Além disso, o PET é rígido quando está frio e maleável quando está aquecido – o que torna simples e barato o processo de produção de garrafas e outros materiais. Para a indústria, apresenta ainda as vantagens de ser mais leve que outros materiais, como vidro, e mais fácil de ser transportado – sem oferecer riscos aos funcionários.

Por que o PET prejudica o meio ambiente?

O acúmulo de garrafas PET no meio ambiente tem potencial para gerar uma série de problemas ecológicos – e um dos principais deles é a disseminação de microplásticos na água marinha.

Quando são descartadas no oceano, as garrafas PET se decompõem em microplásticos – partículas que os animais marinhos, desde pequenos invertebrados até grandes mamíferos aquáticos, confundem com comida e ingerem em grandes quantidades. O material, entretanto, demora mais de 400 anos para de decompor completamente.

O material é tóxico para diversas espécies, o que resulta em um massacre de animais que acarreta em redução considerável da biodiversidade do mar.

O PET descartado no oceano também leva à redução do nível de oxigênio da água marinha, o que diminui a habitabilidade da água marinha e também contribui com a morte de animais e algas e, assim, reduz a biodiversidade.

Em terra firme, as garrafas PET também causam prejuízos ambientais. O PET descartado nos aterros sanitários, ou em qualquer outro lugar a céu aberto, também demoram centenas de anos para se decompor. O acúmulo do material causa transtornos para os seres humanos, como a proliferação de ratos, baratas e outros animais que transmitem doenças.

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