Presidente da CBF sugere punição de clubes com torcedores que pratiquem atos racistas

Em seminário da CBF sobre racismo, o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, defendeu que o caso de algum torcedor manifestar atos racistas gere punição de perda de um ponto no brasileirão. Sua proposta vai para o Conselho Técnico das divisões nacionais, aonde os clubes decidirão se incluirão a medida no regulamento da competição.

Existe previsões de pena esportiva a atos de racismo na legislação esportiva, porém é aplicado em casos de atos coletivos das torcidas. Há ainda um grupo formado pelos membros do Congresso, CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para discutir alterações na legislação, isto é no código de justiça desportiva.

“Sou democrático e quero que essa pena seja discutida no tribunal. Não é dar uma canetada e ser um ditador. Mas acho importante mobilizar contra o racismo, porque não há mais espaço para racista no século XXI nas competições”, disse Rodrigues.

Farei uma proposta nesse sentido na reunião do conselho técnico das competições ano que vem. Vou pedir para que clubes que tiverem um torcedor envolvido em ato de racismo, tenha uma perda de, pelo menos, um ponto na competição, destaca Rodrigues.

O CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) já prevê punições desportiva para clubes por casos de racismo. Porém para o entendimento do tribunal, isso só ocorrerá em casos graves. No caso, só manifestações coletivas de racismo da torcida levam à sanção esportiva, como ocorreu com o Grêmio na Copa do Brasil.

A proposta da CBF poderia ser incluída no regulamento do Brasileiro pela declaração de Rodrigues. Isso dependerá do aval dos clubes. “Em campeonatos tão disputados, isso pode definir o título ou uma vaga a um torneio continental ou até mesmo rebaixamento.

Acredito que com essas medidas, as coisas vão mudar, completou o dirigente.

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