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Reserva do Iguaçu: Prefeito Vitório Antunes desabafa: “precisamos apagar alguns incêndios de antigas gestões”

A equipe do Correio do Povo esteve em Reserva do Iguaçu, onde foi recebida pelo prefeito Vitório Antunes de Paula, para uma entrevista exclusiva.

Vitório que foi vereador por dois mandatos, contou um pouco sobre os primeiros meses de seu primeiro mandato como prefeito e desabafou sobre os grandes desafios e dificuldades que o município vem enfrentando. “A dificuldade inicial, foi que não tivemos uma transição de governo, foi apenas uma entrega das secretarias nos dias 28, 29 e 30 de dezembro. Apenas informações por alto”.

O prefeito explica que assumiu a prefeitura com dívidas, inclusive de folha de pagamento, encargos e décimo de dezembro que tiveram que ser quitados em janeiro. “Estamos terminando de pagar dívidas contraídas em outubro e novembro e dezembro com fornecedores e temos dívidas a longo prazo com plano de previdência que ultrapassa R$ 7 milhões”.

Entraves

Segundo Vitório, a principal dificuldade é que Reserva do Iguaçu está travada para recebimento de verbas, tanto a nível estadual quanto federal. Isso porque conforme ele, não há a certidão liberatória, devido a problemas lá do início da emancipação, na primeira e segunda gestão. “A certidão que conseguimos é aquela provisória, então cada 45 dias tem que bater a porta de deputados para pedir a solicitação do tribunal. Determinei uma equipe para trabalhar e resolver de uma vez por todas esse problema, para que quando entrar uma nova gestão, entre de verdade para a coisa acontecer”.

Além da questão das dívidas e da certidão liberatória, há ainda mais dois problemas que tem tirado o sonho da atual gestão. Um deles é de uma questão de três poços artesianos feitos com recursos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), localizados na área rural do município. “A Funasa quer a devolução dos recursos, foram abertos em 2008 e 2009 e neste período foi feita a solicitação do recurso, porém não foi entregue a matrícula de registro da área onde foi realizada a obra e por isso estamos sujeitos a fazer a devolução do valor investido, que chega a R$ 1,5 milhões”, desabafou o chefe do Executivo.

O outro pesadelo é a obra de uma supercreche no município, que iniciou em 2011, que conforme o prefeito, embora tenha sido inaugurada em 27 de dezembro de 2020, ela não chega a 80% se conclusão. “Querem a devolução do recurso e isso foi solicitado em 30 de dezembro, quando o valor era R$ 930 mil, agora já passa de R$ 1 milhão. Estive em Brasília para não precisar devolver, poder concluir a obra e o mais importante, entregar para a população. Hoje recursos a nível federal nós não temos condições de receber, pois temos essa pendência”.

Economia

O agronegócio é a principal economia do município e praticamente 50% dos reservenses estão na área rural, em sua maioria são da agricultura familiar. Além do agronegócio, o município tem madeireiras e fábricas de jeans.

“Nós temos alguns projetos de fortalecimento da agricultura familiar. Estamos diversificando a produção para assim dar condições de vida e prosperidade a eles. Iniciamos o trabalho com técnicos e logo vamos ajudar com suporte na correção do solo também”, relatou Vitório.

Pandemia

O coronavírus foi um grande desfio para todas as gestões municipais e em Reserva não foi diferente.  “Entendo que enquanto não passarmos de vez por esse momento muitas coisas não vão se resolver. A situação da região é muito preocupante. Quando achamos que o vírus vai sumir ele volta com mais força”, conclui o prefeito.

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