Covid-19 ou H3N2? Dr° Rodrigo de Morais explica diferenças entre as duas infecções

As duas doenças respiratórias, por apresentarem muitas semelhanças, podem dificultar o diagnóstico de quem for acometido por um quadro de síndrome gripal

Tosse, febre, dores de cabeça e nas articulações são sintomas que têm confundido muitas pessoas nas últimas semanas. Os sinais podem ser indicativos tanto de Covid-19 quanto de H3N2, variante do vírus influenza A. As duas doenças respiratórias, por apresentarem muitas semelhanças, podem dificultar o diagnóstico de quem for acometido por um quadro de síndrome gripal.
Para auxiliar no diagnóstico correto, é preciso conhecer os sintomas de cada infecção, além de realizar exames específicos que ajudam nessa identificação. O médico clínico geral Rodrigo Henrique Bezerra de Morais, que atua no Sistema Único de Saúde (SUS) de Laranjeiras do Sul, respondeu as principais dúvidas em relação às duas doenças, como sintomas, formas de proteção e população mais afetada.

Correio: como os médicos diferenciam essas duas doenças na consulta?
Rodrigo – Fazemos a comprovação de acordo com o paciente, a partir do que ele fala. Por exemplo, se o paciente for um morador da zona rural que vive praticamente sozinho, sem vizinhos, não estava trabalhando, e pegou uma chuva; provavelmente essa pessoa vai ter uma gripe. No caso de Covid-19, geralmente, esses pacientes tiveram algum tipo de contato com outra pessoa que teve esses mesmos sintomas: dor de garganta, dor no corpo, pode haver diarreia, vomito, perda do paladar e perda do olfato.

Correio: como são realizados os tratamentos?
Rodrigo – Os sintomas são parecidos, mas os tratamentos devem ser feitos de acordo com o que o paciente tem. E se ainda houver dúvidas mesmo assim: teste! Por exemplo, uma tosse pode ocorrer mais frequentemente em sintomas de Covid-19 e menos em resfriados. Já a variante H3N2 que possui sintomas mais fortes.

Correio: como se proteger tanto do alto contágio?
Rodrigo – A nova variante, Ômicron, é extremamente contagiosa. E também temos visto em toda região uma explosão de casos da H3N2. Um dos fatores que contribuem com o espalhamento podem ser a baixa adesão às medidas de proteção individual e distanciamento social. Por isso é indispensável continuar seguindo os protocolos: máscara, álcool em gel e distanciamento.

Correio: pode-se dizer que a queda de internações por Covid-19 reflete o sucesso da vacina?
Rodrigo – Os médicos apontam duas explicações para essa questão. Alguns falam que é pela vacinação, outros pelo período do vírus (violência) em que ele continua ativo e lutando. Chega um ponto que vai perdendo força, com ocorre agora com o do Covid-19, perdendo a força. É o caso da ômicron, que tem casos de internações e mortes baixos.

Correio: quais são os cuidados necessários, em caso de infecção?
Rodrigo- Os cuidados para a recuperação do paciente, nos dois casos, não mudam muito. São necessários o isolamento, o distanciamento social, a higienização das mãos, o uso de máscara, hidratação, repouso e fármacos para aliviar a sintomatologia. Além disso, os usuários podem procurar as Unidades Básicas de Saúde.