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Conheça a importância do Dia Mundial do Teste do Pezinho

No Dia Mundial do teste do pezinho, celebrado neste domingo (06), a Secretaria de Estado da Saúde alerta sobre a importância dele, realizado no recém-nascido, ainda na maternidade. “É feito gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, e por meio de algumas gotas de sangue coletadas do pezinho do bebê são realizados de 6 até 11 exames de investigação para detecção da doença falciforme e de outras doenças crônicas e raras”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

Realizado no Brasil desde a década de 1970, o teste do pezinho é capaz de identificar doenças genéticas ou metabólicas que, se não diagnosticadas a tempo, levam à deficiência física e/ou mental. Por isso, o exame precisa ser feito necessariamente nos primeiros 30 dias de vida do bebê.

A data foi criada pela Organização das Nações Unidas, em 2008, como forma de chamar a atenção para a doença que é genética, hereditária e caracterizada por alteração no sangue. Os glóbulos vermelhos se tornam rígidos, assumem formato de foice, dificultando a passagem de oxigênio para o cérebro, pulmões, rins e outros órgãos.

“De uma maneira geral, a maioria das pessoas já conhece o teste, mas é sempre bom reforçarmos a sua importância e o impacto de se iniciar um tratamento o mais breve possível, quando identificada alguma alteração”, destaca Renata Nicola Deodato, enfermeira coordenadora da área Materno Infantil.

Doenças que podem ser identificadas pelo teste do pezinho

Fenilcetonúria (frequência 1 para 15.000 recém-nascidos) – doença rara, congênita e genética, que consiste na falta de capacidade do organismo de quebrar adequadamente moléculas de um aminoácido chamado fenilalanina. Os altos níveis de fenilalanina não metabolizada causam alterações no sistema nervoso, levando à deficiência intelectual severa e irreversível nos casos não tratados.

Hipotireoidismo congênito (frequência de 1 para 4.000 recém-nascidos) – é um problema no qual a glândula da tireoide não produz hormônios suficientes para a necessidade do organismo. A falta da tiroxina traz consequências como deficiência intelectual grave e comprometimento do crescimento nos casos não tratados precocemente.

Anemia Falciforme (frequência de 1 para 400 até 1 para 1.000 recém-nascidos) – causada pela alteração estrutural na molécula de hemoglobina, uma proteína presente nos glóbulos vermelhos, responsável pelo transporte do oxigênio para os tecidos. A doença pode causar a anemia, infecções generalizadas, atraso no crescimento e dores.

Dados

Em 2019 foram feitos 172.477 testes no Paraná. Desde 1983, ano em que o teste começou a ser feito pela Fepe, foram triadas mais de 5.190.453 crianças em todo o Estado, tornando o programa de triagem neonatal paranaense modelo para o país.

Entre os principais indicadores do modelo estadual está o tempo médio decorrido entre a chegada da amostra de sangue ao laboratório e a emissão do resultado, que é de dois dias.

O Paraná participa do Programa Nacional de Triagem Neonatal, que além do Teste do Pezinho engloba outros serviços fundamentais para o tratamento, caso seja confirmada a doença, como procedimentos de avaliação diagnóstica, equipe especializada e multiprofissional, aconselhamento genético, monitoramento de pacientes e oferta de medicamentos.

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