Dia Nacional do Rádio: radialistas de Laranjeiras destacam importância do veículo

“O rádio contribui com informação, para a formação de caráter, opinião, motivação e entretenimento”, relata Ivan Theo

Celebra-se amanhã (25) o Dia Nacional do Rádio, em alusão ao nascimento de Edgar Roquette-Pinto, considerado o pai da radiodifusão no Brasil.

Roquette realizou a primeira transmissão radiofônica no país em 7 setembro de 1922, durante a comemoração do Centenário da Independência brasileira. Uma estação de rádio foi instalada no Corcovado, no Rio de Janeiro, então capital federal, para a veicular músicas e o discurso do presidente da época, Epitácio Pessoa. Roquette-Pinto também fundou a primeira emissora oficial de rádio do país, a atual Rádio MEC.

Em alusão a data, o Correio do Povo entrevistou locutores de Laranjeiras do Sul para discutir a importância do rádio e suas trajetórias neste meio de comunicação onipresente na vida da população.

Seriedade e compromisso

Osvaldir Pedroso, atual locutor na Rádio Líder Sul FM sempre foi um apaixonado pelo meio de comunicação, desde criança já queria ser radialista. Osvaldir trabalha no meio há 26 anos. Seu primeiro trabalho na área foi na Rádio Campo Aberto, comandando um programa aos domingos de manhã. Trabalhou na Rádio São Francisco FM, na Raio de Luz em Guaraciaba, Santa Catarina, e como assessor de prefeitura durante algum tempo.

Em seguida, atuou na Rio Bonito FM e de volta a Campo Aberto, fez um programa durante oito anos até ser contratado pela Líder Sul.

Para Osvaldir o rádio representa seriedade. “Se você comunica uma notícia errada, não tem como consertar”, relata.

Segundo ele, é preciso ter certeza do que está sendo comunicado por meio do rádio. “Em todos os meus anos de rádio, nunca precisei abrir o microfone para me corrigir por algo que não deveria ter dito”, ressalta Osvaldir.

O radialista destaca a importância do rádio para a sociedade. De acordo com ele, o veículo é um elo forte entre o locutor e as famílias. “Quem trabalha não tem tempo de assistir, ler, nem pesquisar em outras mídias. Com o rádio ligado, a pessoa trabalha, faz outra coisa, recebe informações e escuta música para se descontrair. Não há necessidade de interromper o trabalho para acompanhar o rádio”, enfatiza Osvaldir.

Paixão pela comunicação

Para Ivan Theo, radialista há mais de 30 anos, o rádio é a sua paixão. Antes de ingressar na área, ele foi seminarista. No seminário, aos 13 anos começou a fazer o programa da Ave-Maria, em Faxinal. “Me apaixonei cada vez mais pelo rádio. Estudei para ser padre, mas não deu certo. Minha vocação era ser radialista”, conta Ivan.

Após sair do seminário, ele trabalhou com som de baile, apresentando eventos e fazendo anúncios de ofertas de lojas. Aos 18 anos, iniciou oficialmente na profissão, na Rádio Club de Faxinal.

Ivan se mudou para trabalhar em Laranjeiras em 1994. “Aqui eu me estabeleci e formei família, toda essa mudança devido ao rádio”, relata Ivan.

Ele destaca a responsabilidade de um radialista ao comunicar uma informação. “Nos preocupamos em passar uma mensagem boa, como no programa Palavra Amiga, por exemplo. O rádio contribui com informação, na formação de caráter, opinião, e na parte motivacional e do entretenimento”, frisa Ivan.

“O rádio nunca vai sair de moda”

Adilson Nogueira já foi cantor e suas primeiras oportunidades de cantar ao público foi em programas de rádio, onde tomou gosto pelo meio. Ele já integrou conjuntos musicais, gravou discos e a única maneira de fazer a propaganda era por meio do rádio. “Parei com a carreira de músico e escolhi uma profissão com a qual eu me identificava por conta da música: a rádio”, afirma Adilson.

Desde que passou a ser radialista, sua vida mudou totalmente. “Me senti realizado trabalhando como locutor, podendo levar informação às pessoas. A rádio é a minha segunda família”, declara Adilson.

Comunicador há 23 anos, Adilson reforça a potência do rádio como veículo de comunicação e de confiança que as pessoas têm. “É o instrumento de comunicação de grande credibilidade. Mesmo com toda a evolução das mídias, o rádio nunca vai sair de moda”, finaliza.

Por Marcelo Padilha