Pitoco: Entrevista exclusiva com o prefeito de Cascavel Leonaldo Paranhos

Prefeito detalha a intenção por trás da maior expansão do perímetro urbano de Cascavel e revela pela primeira vez, com todas as letras, qual será seu futuro político

Houve quem duvidasse da conversão do deputado Leonaldo Paranhos – oriundo de um ambiente conhecido pela gastança, o Legislativo – pudesse se transformar em um executivo austero capaz de se indispor com demandas insaciáveis e exercitar o vocábulo “não”. Quem apostou perdeu. Paranhos mostrou nos primeiros atos de governo que a chave do cofre estaria sob seu comando.


No início do primeiro mandato foi acusado de espetacularizar um flagrante de roubo de combustíveis no Parque de Máquinas. Depois o gesto foi entendido como um recado. Quem ousasse desafiar o slogan da campanha (sem corrupção e sem desperdício), teria que pagar o preço.
O dono do cofre fez multiplicar os recursos do Paço, costurou verbas em Brasília e Curitiba e incluiu Cascavel no topo dos rankings nacionais, alcançando uma reeleição memorável, e entrando para a história do município como o reeleito com a maior votação quantitativa e percentual.
Nesta entrevista, concedida em seu gabinete no Paço, ele revela planos de voo ambiciosos para médio prazo, mas avisa que antes precisa desembarcar. De antemão, dá pistas de quem irá ungir para sua sucessão. Acompanhe:

Pitoco: Em que fase está a licitação do maior contrato da Prefeitura, a coleta do lixo?

Paranhos: Surgiu um fato novo, nosso jurídico deu um parecer apontando a necessidade de agregarmos ao processo uma agência reguladora para fiscalizar o contrato. Então tivemos que recomeçar. Buscamos a Agepar, que precisou de 60 dias para analisar toda a documentação do processo licitatório. Recebemos a documentação de volta agora, acredito que até o dia 15 teremos lançada a licitação para – correndo tudo bem – assinarmos o contrato no início do próximo ano.


O que muda?
Muita coisa, as obrigatoriedades que estamos incorporando de novas tecnologias no serviço de coleta, as usinas de recicláveis, distribuição dos ecopontos além dos que já temos, novos caminhões e de varreduras, potencializar e ampliar a produção e energia no aterro sanitário, então muda muito.

O contrato salta de 5 anos de vigência para 20 anos, por que?

É uma concessão de 20 anos. O escopo que montamos no contrato pede investimentos relevantes do concessionário, a cidade cresceu demais, aumentou o perímetro urbano, o que amplia o serviço. Se colocar isso em um espaço de tempo reduzido, aumenta muito o custo. Temos que dar um prazo para que as empresas possam investir no formato ampliado de serviços que estamos determinando.


Haverá competição no certame? Ou a atual responsável pela coleta já larga como favorita?
No serviço de coleta de lixo eu percebo que vai haver uma disputa acirrada de empreas. Sem dúvida haverá competição sim, agora do transporte coletivo…


A licitação do ônibus é menos atraente…
O principal obstáculo no transporte coletivo é uma queda significativa no número de passageiros ao longo dos últimos anos em todo país. Com menos usuários a planilha pressiona para cima e o preço fica elevado na tarifa à medida que perdemos passageiros.


Que fatores contribuíram para essa queda?
Quando vieram os veículos de aplicativos nós tivemos um baque, as empresas tiveram muitas dificuldades. Depois veio a pandemia ficou muito mais difícil recuperar. Antes da Covid as duas permisionárias de Cascavel transportavam 70 mil passageiros ao dia. Isso caiu para menos da metade. Somente agora o sistema está recuperando uma parte desta clientela, ainda assim com 10 mil passageiros/dia a menos.


Caminha para os municípios subsidiarem as tarifas?
Já estamos subsidiando. É isso que garante Cascavel entre as tarifas mais baixas do Paraná. Se a saúde pública e a educação para mais de 30 mil pequenos cascavelenses são entendidas como serviços essenciais que devem ser pagos pelo conjunto da sociedade através dos impostos, logo vamos perceber que o transporte coletivo também se encaixa aí. Em âmbito nacional vem forte a discussão da gratuidade, bancada pelo poder público em suas diversas esferas, da municipal a federal.


Haverá competição para explorar o transporte em Cascavel?
Consultamos especialistas e concluímos que ao fazer uma nova licitação naquele momento do vencimento dos contratos assumíamos o risco de o certame dar deserto. Redesenhamos tudo. Vamos entrar com um lote de ônibus elétricos, equipamentos e suprimentos que ficarão fora da planilha de custo das empresas, um subsídio indireto a mobilidade limpa. Não faz sentido o poder público subsidiar transporte movido por combustível poluente.


Tudo caminha para que o perímetro urbano de Cascavel receba a maior expansão de sua história, e o tema divide opiniões. Qual o argumento do seu governo para essa ação?
Em 2022 acontece a revisão do plano diretor, como acontece de cinco em cinco anos. Fizemos oito audiências públicas e passamos a propor revisões dado o crescimento vertiginoso de Cascavel. O resultado deste trabalho técnico, que olha décadas para frente, elaborado por especialistas e debatido com a sociedade, será o plano mais inovador do Paraná.


O que muda?
Muda tudo, e muitas destas mudanças otimizam ativos que estavam perdidos, desocupados, ou mal aproveitados. Para ficar em um exemplo: áreas do município em condomínios antigos, praticamente abandonadas, poderão ser leiloadas para investirmos na infraestrutura da cidade. Outra mudança é que nos novos loteamentos ou condomínios, cuja região já esteja coberta pela saúde e educação básica, o município poderá negociar com o empreendedor para que o imóvel a ser designado ao poder público seja convertido em potencial construtivo para o município, um avanço e tanto. Município não é imobiliária para ficar acumulando imóvel, tem que transformar terreno baldio público em ativo, em obras para a população.


Você andou estudando inovações em outros municípios, o que trouxe destas prospecções?
Coisas antes impensáveis estão acontecendo nos centros urbanos mais dinâmicos do país, onde podemos incluir Cascavel. Estamos aprovando a construção de prédios sem garagem. Dependendo do perfil do consumidor ele nem carro tem, e uma garagem hoje custa em torno de R$ 70 mil, fator que impacta o preço do apartamento.


A verticalização da cidade é um caminho para democratizar o acesso da população a moradia?
Nos bairros sim, mas até então havia obstáculos para verticalizar fora do centro. Aí criamos em 22 avenidas os chamados centros dos bairros, permitindo a construção de prédios. Outra particularidade é o preço dos terrenos. Em algumas regiões estamos implantando a possibilidade de lotes de 150 metros.


Isso é controverso…
Sim, é, mas vivemos em uma cidade com grande valorização dos imóveis. Como o trabalhador vai bancar um terreno a R$ 1 mil o metro quadrado? A família de baixa renda pode financiar um terreno menor pelo mesmo valor que pagaria aluguel e desta forma conquistar a sua casa própria. Lógico, temos que estar atentos para não estimular a favelização destas áreas, mas teremos parâmetros urbanísticos adequados para mitigar isso.


Como isso vai impactar o mercado imobiliário?
Estamos propondo uma expansão considerável para os próximos 20 anos, isso vai dar tranquilidade, previsibilidade ao comércio, investidores, aos negócios e a todo a cadeia de operadores do mercado imobiliário. Já vinhamos mudando as regras de aprovação dos loteamentos. Passamos a exigir infraestrutura externa dos loteamentos, cobrando a execução de avenidas, acessibilidade, tudo dentro de um padrão urbanístico da cidade.


De que se trata o anel urbano?
O anel em torno de Cascavel vai inibir possibilidades limitantes ou direcionadas de privilegiar área de uma determinada pessoa ou construtora. O anel está na sequência do perímetro urbano. Quando colocamos uma área específica no perímetro urbano, beneficia-se uma empresa ou alguém, afeta a impessoalidade que deve nortear ações do poder público. É como passar um tesouro para as mãos de alguém. Com o anel abrem-se muitas outras oportunidades para os empreendedores do segmento, sem direcionar ou beneficiar ninguém individualmente.


São muitas as possibilidades no perímetro urbano, mas há um claro recorte que segrega por capacidade econômica…
Temos um déficit habitacional de 20 mil residências. Se olhar mais de perto, esse número pode chegar fácil a 30 mil, é um mercado gigantesco. Quando você concentra isso nas mãos de uma pessoa, dá a possibilidade para que ela estabeleça uma condição de mercado muito desfavorável ao consumidor. Tanto assim que os nossos loteamentos novos vendem tudo em minutos. E vende para quem? Normalmente para investidores, que compram tudo de uma vez. Isso não ataca um problema social grave, do deficit habitacional. O que vamos fazer é aumentar a oferta de terrenos, tornar o mercado mais competitivo e fazer o preço cair, é um projeto para os próximos 15 anos.


O que explica essa efervecência imobiliária?
Cascavel vem recebendo migração de moradores de cidades pequenas do entorno que buscam emprego. Mas também cidadãos de metrópoles que buscam nas cidades médias a tranquilidade com boa estrutura, como oferecemos aqui. Isso nos coloca um desafio. Eu mandei cartas para as 100 maiores empresas de Cascavel para que elas apontem seus planos de expansão nos 10 próximos anos. A cooperativa Lar por exemplo, vai montar o 4º turno de trabalho. Fatores assim conflitam com oferta de moradia. Há um problema sério de recursos humanos para essas empresas. Município que oferece moradia atrai mão de obra. Daí que precisamos propor alternativas de modelos habitacionais e estimular a concorrência. Eu me antecipei, vamos ter áreas para essa oferta.


Seu grupo político, liderado pelo governador Ratinho Junior, apoiou o perdedor na disputa pelo Palácio do Planalto. Isso vai prejudicar as demandas de Cascavel em Brasília?
Quem vive no meio político respeita líder que tem posicionamento claro. Eu fiz um apoio administrativo ao Bolsonaro, em sintonia com o governador Ratinho. Não tinha como chegar na eleição e virar as costas para os programas que Itaipu direcionou para Cascavel na atual gestão da hidrelétrica. Isso não impede de construirmos canais institucionais de relacionamento com o novo governo.


Teme retaliações políticas?
Não acredito que haverá, mas antecipei em março deste ano as demandas que tínhamos em Brasília. Aprovamos a captação de recursos que vamos precisar até 2024. São 100 milhões da Sedu, R$ 180 milhões do FonPlata, R$ 100 milhões do BRDE e R$ 180 milhões de Itaipu, estamos falando de quase R$ 580 milhões de reais garantidos para fazer as nossas ações em Cascavel, e está tudo aprovado.


Você esteve na rua do quartel apoiando os manifestantes?
O Ministério Público notificou a Transitar questionando a interdição da rua. Fui pessoalmente conversar com as pessoas pedindo uma solução para o problema da interdição. Fui como mediador, já que se trata de uma questão para as forças de segurança resolver. Lá me ofertaram uma marmita, já que usei meu horário de almoço para essa tratativa. Aí me fotografaram. Apesar de manifestação ser um direito do cidadão, eu pedi para eles deixarem a rua aberta.


Como você vê isso de intervenção militar e não reconhecimento do resultado das urnas por parcela do eleitorado?
Tem que conduzir isso com muita calma. Uma eventual intervenção vai gerar reação do outro lado. Ninguém pode desejar uma guerra civil, brasileiros enfrentando brasileiros em armas. Respeito a opinião e o direito de manifestação, mas o ideal é permitir que a democracia avance e prospere, mesmo em suas imperfeições.


Urnas eletrônicas são suscetíveis?
Nunca tive dúvidas sobre urnas. É verdade que foi muito discutido, ficou uma espectativa da entrega do relatório das Forças Armadas, e não houve novidade palpável nesta auditoria. Dito isso, afirmo que estou focado na administração de Cascavel e irei estabelecer vinculos institucionais com o novo governo já que o interesse público precisar ser colocado na frente de qualquer eventual divergência política transitória.


Então voltemos para aldeia, buracos nas ruas renderam alguma dor de cabeça…
Nos bairros tivemos menos problemas, já que avançamos da periferia para o centro com a pavimentação. O queijo suiço abriu mesmo na área central após mais de 600 milímetros de chuvas torrenciais. Era impossível atender naquele momento, embora tivéssemos R$ 70 milhões contratados em pavimentação. Quando a chuva deu uma trégua, colocamos todos os efetivos na rua, cinco equipes, dia e noite, incluindo pessoal da defesa civil e 120 presos pagando pena com dias trabalhados.


Tapa buraco é um paliativo, certo?
Sim, é. Por essa razão estamos aplicando, para além do tapa buraco, os processos de microrevestimento, recape e asfalto novo onde a base está comprometida. É o caso de muitos trechos da rua Recife, que será totalmente recuperada, do Ecoparque Oeste, no Santa Cruz, até a rua Jacarezinho, no São Cristovão. Com a Olindo Periollo, a Rocha Pombo e a Avenida Piquiri, temos mais de R$ 100 milhões investidos em recuperação, além de 22 km de estradas rurais em Sede Alvorada e 9 km no Rio da Paz, dentro do Anel de Integração Rural.


Há quem diga que ruas desprovidas de buracos estão recebendo recape…
Não se trata de recape e sim de microrevestimento para ampliar a vida útil do pavimento. Fizemos na Cuiaba, Maranhão, Vicente Machado e Rondon, entre outras. Os especialistas dizem que o microrevestimento é como cremes faciais que usamos para evitar rugas. A malha asfaltica é assim, vai criando rugas, que precisam ser tratadas antes que se transformem em buracos.


O município tem um estrangulamento na usina de asfalto, trabalhando com equipamentos obsoletos. Há investimento previsto na modernização?
Vamos entregar esse mês dois caminhões que a frota de Cascavel nunca teve. São usinas móveis, capazes de cortar asfalto e reparar o local com massa quente com rapidez e precisão. A usina fixa que dispomos hoje foi fabricada em 1972. Produz 30 toneladas por dia e quebra todo mês. Compramos uma nova que irá produzir 100 toneladas por hora e será entregue em março próximo.


Como foi aquela situação atípica em que você vetou o 13º salário dos vereadores…
Primeiro é importante destacar que definição de salários, inclusive o meu, e o número de cadeiras na Câmara é prerrogativa dos vereadores. Eles vinham a mais de ano com esta pauta engavetada. Quando trouxeram o tema, houve repercussão negativa. De repente a batata quente estava sobre minha mesa, sobrou prá mim. Construí com o Alécio (Espíndola, presidente da Câmara) uma saída. Recuar era o melhor a fazer naquele momento. O 13º salário é o mais polêmico. É um bonus ao trabalhador, mas quando vem para o agente político não é bem aceito na opinião pública.


Você é o conselheiro do Alécio?
Faz 35 anos que somos amigos. Esses dias ele desmaiou na sessão da Câmara, saí correndo do gabinete, atravessei a rua, dei um tapa nele e disse: não morre não, preciso de você… (risos).


O presidente da Câmara está bem posicionado na linha sucessória para sentar-se na cadeira de prefeito?
Está na linha sucessória, naturalmente, é o único eleito três vezes presidente da Câmara.


Você apoia essa pretensão?
Sempre questionam quem apoiarei. Antes de tudo é preciso entender que o eleitor mudou muito nos ultimos anos. Não é mais aquele eleitor cabresteado, que vota naquele que o prefeito diz para votar.


Qual o perfil que pode merecer o apoio de um prefeito popular, reeleito com 70% dos votos?
Prefeito de Cascavel tem que ter vontade, paixão, determinação. Isso aqui é uma máquina de moer gente, os problemas são muitos. E a população cobra mesmo, não tem isso de cultivar político de estimação, exige-se políticos de resultados, perfil que resolve.


Renato Silva está no jogo de 2024?
Também está, afinal trata-se do vice prefeito. A questão a saber é se candidatura a deputado ajudou ou atrapalhou. Política é arte de agregar, não se ganha eleição sozinho, tem que ter gente, time, partido, tempo de televisão. Cada político vai construindo ou destruindo seu caminho, mas o Renato está sim na linha sucessória.


Não falta quem, no seu grupo e mesmo fora dele, lhe aborde pedindo seu apoio, como tem lidado com isso?
Até para ganhar um fôlego, digo que a eleição será em 2024. Neste período até lá, pré-candidatos precisam ganhar musculatura, ralar no treino, conhecer a cidade. Construir nomes viáveis não se faz por decreto do prefeito ou por apoio. Cascavel é cidade que tem debate, massa crítica. Candidato viável tem que formar grupo, entender a cidade…


E estar consciente que sempre haverá abacaxis e pepinos na feira do Paço…
Sempre, problemas brotam em todos os lugares. Aí tem de dizer: é comigo esse problema, vou dar resposta. Tem que ir de encontro ao problema, tem que tá centrado. É como liderar uma prova de Formula 1 de 70 voltas, mesmo que esteja liderando, se der bobeira, pode rodar metros antes da bandeirada.


Na reunião mais recente com seu secretariado você fez uma analogia com a eliminação do Brasil na Copa, como foi a resenha?
De fato, a seleção tomou um gol faltando quatro minutos para acabar a prorrogação. Eu disse para meu time: estamos aqui faz seis anos, não queremos levar gol no sétimo ou oitavo ano, certo? Então é concentração máxima, mangas arregaçadas e foco no resultado.


Suas afinidades políticas com o governador permitem dizer que ao término de seu mandato no Paço estarão escancaradas as portas no 1º escalão do Palácio Iguaçu para você?
Pelo relacionamento de amizade que temos seria meio lógico. Mas a política é muito dinâmica. Tenho consciência que é importante ocupar algum espaço, para o projeto político que cultivamos é preciso estar em algum lugar. Sair de uma posição de intensa exposição para o vazio, para o vácuo não é desejável para quem vislumbra outros voos.


O voo é para Curitiba, ao que se desprende…
Primeiro é preciso me preparar para uma aterrisagem tranquila aqui em Cascavel, para desembarcar com o sentimento da missão cumprida, sem isso de ficar rodeando o Paço, isso atrapalha a próxima administração, que precisa ter liberdade. Primeiro estou preparando o desembarque…


Mas conexão Curitiba está na sequência…
Em 2025 o governo Ratinho estará no meio do segundo mandato. Será mesmo que ele tira alguém do primeiro escalão e diz: abre as portas que o Paranhos tá chegando? E tem meu lado também: vou para um lugar que me dá projeção, musculatura para o que pretendo? Bem, pode não haver essa cadeira. Independente disso, quero percorrer o estado, mostrar o que fiz aqui, uma gestão com eventuais falhas, mas também com coisas positivas e inovadoras.


O objetivo é a cadeira do Ratinho em 2026?
Se a condição privilegiada que Cascavel me deu de mostrar serviço na gestão pública empolgar, teremos sim as condições de propor uma candidatura ao governo do Estado, é um sonho meu.


Ratinho virá para presidente?
Vai colocar o nome dele sim. Tem currrículo, tem idade até para perder eleição e projetar nome para a subsequente. Ratinho Junior vai sim disputar as eleições presidenciais de 2026.