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Alunas de economia organizam dinâmica para recepção dos calouros da UFFS

Com o avanço da crise sanitária no país e no mundo, todos os setores da sociedade foram afetados. Estudos mostram que todos serão impactados por este momento, mas ainda não é possível prever exatamente o alcance que isso terá no futuro cultural, psicológico e físico de nossas crianças, jovens e adolescentes.

Para a presidente da Empresa Júnior e estudante do 8º período de economia da UFFS, Camila Laís Ramalho, um grupo afetado pelo sentimento de não pertencimento, já no início da pandemia, foram os calouros de economia da Universidade Federal da Fronteira (UFFS). “Por não conseguirem o contato direto com a instituição, com os alunos e com os professores, acabaram, em uma parte considerável, por trancar o curso”, afirma Camila

Com base nisso, o professor doutor Thiago da Costa, em parceria com representantes dos alunos e outros professores do colegiado acadêmico, buscaram alternativas de acolhimento diversificadas para os ingressantes do curso neste ano, visando evitar o afastamento.

Diferenças regionais

A UFFS costuma receber estudantes de todos os estados do país e, neste ano, dos calouros que passaram, alguns ainda não tinham finalizado suas matrículas. Porém, após o primeiro contato em grupo, via rede social, receberam incentivos por parte de outros estudantes e concluíram suas inscrições no curso. Dos recém-ingressos, 63% vieram do Paraná, 24% de São Paulo, 5% do Rio de Janeiro, 3% de Goiás, 3% do Rio Grande do Sul e 2% de Minas Gerais.

“As diferenças regionais também podem ser fatores de desistência, muitos alunos, que tem, em maioria, de 17 a 20 anos, podem sentir um choque de realidade muito grande. Por isso, o primeiro contato com a instituição e as primeiras dúvidas tiradas podem decidir ou não pela permanência deles. Estamos felizes porque já tivemos alguns resultados e percebemos a empolgação deles”, relatou Larissa Ortega, aluna do 8º período de Economia.

A integração

As meninas planejaram, com a orientação dos professores, um encontro online onde todos se conhecessem. “De início, sem a presença dos professores para que os calouros se sentissem mais confortáveis. A ideia foi tentar deixar o ambiente parecido com o que seria o trote, pouca técnica, mais informal mesmo”, contou Larissa.

Para Camila, os primeiros laços firmados nesse período em que os calouros se conhecem são essenciais para a continuidade no curso. “Quando os professores ofertarem trabalhos em grupos e/ou apresentações, muitos não estarão acuados e perdidos entre a tela do computador e quem está do outro lado”, detalhou.

No processo de integração, que começou na segunda-feira (24) e perpetuará pelas próximas semanas, alunos estão participando de uma gincana baseada no trote solidário da Escola Superior Aberta do Brasil (ESAB), onde dinâmicas são realizadas com o intuito de incentivar o trabalho em grupo, a coletividade, a participação e a organização.

“Separamos estrategicamente as pessoas que são da mesma região e as solicitamos a elaboração de trabalhos coletivos: seja com doação de roupas, alimentos, sangue, produtos higiênicos etc. O objetivo não é só ‘fazer por fazer’, mas refletir a necessidade disso”, ressaltou Camila.

Os calouros também passarão por cinco provas que exigem criatividade, vídeos, conhecimento geral da UFFS e do curso, incluindo uma dose de humor. O resultado ocorrerá depois da live, feita pela integração institucional no dia 11 de junho que trará como tema “A inclusão do economista no mercado atual”, ministrada pela Sólidia – professora de graduação e pós-graduação em economia e finanças, Gabriel Dalallo Caus – gestor da linha estratégia de start up do SEBRAE Paraná e a Jane Rosiclei Pinheiro, auditora do controle externo do tribunal de contas de Rondônia.  

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