Amor pela culinária vira fonte de renda

Correio do Povo conversou com três laranjeirense que aderiram à produção e vendas de bolos e tortas

A pandemia do coronavírus fez muitas empresas aderirem ao home office para manter suas atividades em funcionamento. Quem é prestador de serviço, trabalha por conta ou tem um comércio e não pode tocá-lo no momento, está vendo o dinheiro acabar sem expectativa de quando tudo se normalizará.
Em Laranjeiras do Sul não é diferente. Muitas pessoas estão se reinventando durante a pandemia e lucrando com as vendas de bolos, tortas e bolachas.

Ideia de vender bolos
Bárbara Vasconcelos Levandoski, é estudante de nutrição e explica que começou a cozinhar quando iniciou a vida de universitária.
“Aprendi cozinhar realmente quando fui morar sozinha, tinha que me virar, e pesquisava vídeos no YouTube. O amor pela confeitaria começou em 2017 quando eu tinha saído da faculdade e ainda não sabia o que queria fazer. Nessa época minha mãe não estava bem de saúde e teve que cortar o consumo de açúcar, e assim comecei a pesquisar para fazer doces que ela pudesse comer”, relata.
A estudante começou com as vendas em 2018, quando queria ter o próprio dinheiro.
“Até 2018, vendi os doces no ônibus, mas ainda não tinha perfil no Instagram nem nada. No final das contas acabei desanimando e fiquei parada até abril de 2019, que foi quando criei o Com amor Bá”, relata a jovem empreendedora. Segundo ela, a ideia inicial foi de um dia que estava fazendo um bolo e o namorado começou a tirar fotos da decoração. 
“Ele sempre me incentivando a vender as coisas que eu fazia, porém eu sou uma pessoa muito tímida, tinha medo de começar algo e ninguém comprar, até que depois de muito pensar, em abril de 2019, comecei a vender bolos caseiros pequenos, e outros doces menores”.
Mesmo sem criar muita expectativa, ela afirma que deu muito mais certo do que imaginava e o hobbie acabou virando trabalho.

Pandemia
Bárbara perdeu vários clientes no começo da pandemia. 
“Como estou tendo aulas EAD, pude me dedicar mais ainda ao meu negócio! A média de pedidos por semana é bem relativa, não tenho um número certo. Tem semanas que são tantas encomendas que tenho até que fechar a agenda, pois como trabalho sozinha não dou conta. Entretanto, têm semanas que é bem, tranquilo. Geralmente perto de datas comemorativas e feriados o pessoal costuma pedir mais bolos!”, conta.

Culinária por amor
Tainá Rocha Vainer também viu o amor pela culinária, que não vem de hoje, virar uma fonte de renda.
“Minha maior paixão é fazer doces. Sou formada em educação física, mas tive bebê e me afastei do trabalho. Logo veio a pandemia aí que não voltei mesmo. Tive depressão pós-parto e pra me ajudar e até por conselhos de amigos, comecei a fazer doces. Isso acabou se tornando minha fonte de renda principal. Tenho, em média de 30, 40 pedidos de produtos por dia”, afirma.
Tainá afirma que a divulgação dos produtos é feita pelo WhatsApp, Instagram e Facebook.

 

Amor é o principal ingrediente
A laranjeirense Daniele Bueno ressalta que a ideia inicial era apenas fazer para família, mas com o incentivo e o desejo de começar a vender, surgiu a ideia.
“A experiência com a culinária tem sido fantástica. A cada semana surge uma ideia nova e vou me reinventando em minhas tortas e bolos. Em cada novidade que vejo meus clientes aprovando me sinto cada vez mais impulsionada em fazer um sonho se tornar realidade”.
Daniele vende seus bolos nas terças e quintas-feiras, mas também atende pedidos de tortas e bolos inteiros para datas comemorativas.
“Faço na maior parte por encomendas os mini-bolos e tortinhas, mas quando faço um pouco a mais nesses dias da semana, se esgotam bem rapidinho”, diz.
Ela vende, por semana, em média de 80 a 90 mini-bolinhos e 70 tortas em pedaços. 
“Creio que não foi à toa tudo isso ter se tornado realidade. Essas tortas e bolos têm um gosto especial, tão doce quanto o amor de Deus”, finaliza.

Banoffe feito por Daniele.
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