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Turbina da Usina Foz do Areia é desmontada e substituída

A hidrelétrica fica em Pinhão e está localizada no Rio Iguaçu

A quarta e última unidade geradora a ser modernizada na Usina Governador Bento Munhoz da Rocha Netto (Usina Foz do Areia), a unidade 3, está pouco a pouco sendo desmontada para passar por uma renovação total. Esta semana, foi retirado o rotor da turbina, que será substituído após 40 anos de operação. 
O novo rotor e as demais peças que serão trocadas já chegaram na Usina e devem ser instalados somente no início do ano que vem, já que o trabalho de desmontagem completa da máquina deve durar mais quatro meses. Depois, serão mais cinco a seis meses de trabalho intenso para montagem da unidade reformada e testes antes e retomar a operação.  


A Usina
A Usina está localizada no rio Iguaçu, no município de Pinhão e possui quatro unidades geradoras com 1.676 megawatts de potência total instalada, podendo produzir energia suficiente para atender às necessidades de até 4,7 milhões de pessoas. Ela está passando por um processo de modernização desde 2011, iniciado com a reforma dos equipamentos de levantamento de carga. Na sequência, três grupos de turbinas e geradores começaram, um a um, a passar pela renovação, iniciando pela unidade geradora 2, seguida pelas unidades 1, 4 e agora a 3.
O orçamento da modernização das 4 unidades geradoras é de R$ 150 milhões e o trabalho será concluído em 2021.


Qualidade e eficiência
Além de ampliar a vida útil do empreendimento, esses investimentos proporcionam ganhos no desempenho da Usina. Com a modernização, as unidades geradoras passam a ter melhor rendimento, ou seja, conseguem produzir energia com menor consumo de água, garantindo melhor aproveitamento do potencial hidráulico em especial quando o nível do reservatório está baixo. A segurança e a confiabilidade da operação de GBM também aumentou. Ensaios mostram que os níveis de vibração e pulsação da turbina diminuíram, já que o novo rotor da turbina ganhou um novo design hidráulico.  
Melhorias significativas em uma usina que já é exemplar. Foz do Areia, assim como as demais hidrelétricas, é avaliada periodicamente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e, mesmo durante o processo de modernização, vem obtendo conceito geral ‘Excelente’.
A fiscalização do órgão regulador inclui análise das práticas relacionadas à proteção do meio ambiente, gestão, operação e manutenção dos equipamentos e sistemas, segurança humana, empresarial e das estruturas civis e indicadores de desempenho de resultados e de esforços.
Essa excelência na administração de todos os aspectos envolvidos no dia a dia de funcionamento da planta também rendeu à Foz do Areia certificações nas normas ISO 9001 – Sistema de Gestão da Qualidade, ISO 14001 – Sistema de Gestão Ambiental e OHSAS 18001 – Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho.


Mais do que energia
Além da relevante contribuição de Foz do Areia para o abastecimento elétrico do país, ela é a segunda maior geradora da região Sul e está na 12ª colocação no ranking brasileiro. A usina já repassou mais de R$ 533,5 milhões de reais aos cofres públicos desde abril de 1993. 
O pagamento refere-se à compensação financeira por uso de recursos hídricos para fins de geração de energia e, por lei, o recurso deve ser usado para ações voltadas à promoção social e melhoria da qualidade de vida das populações em municípios que tiveram parte do seu território ocupada por reservatórios de hidrelétricas.


Regras
Segundo as regras atuais definidas pela Aneel, o montante da compensação é composto por 7% do valor da energia produzida pela usina multiplicado pela Tarifa Atualizada de Referência. Esse total é separado em duas parcelas, uma de 6,25% e outra de 0,75%.
Da parcela de 6,25%, 65% são destinados aos municípios abrangidos pelos reservatórios das usinas e 25% repassados ao Estado. No caso da usina Foz do Areia, os municípios que vem sendo beneficiados ao longo desse período são Cruz Machado, Porto Vitória, União da Vitória, Bituruna, Pinhão e Porto União  em Santa Catarina.
Os 10% restantes são direcionados a órgãos da administração direta da União: os ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente recebem 3% cada, e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, do Ministério da Ciência e Tecnologia, recebe 4%. Por fim, a parcela de 0,75% da compensação é destinada para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
 

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