Como escolas profissionalizantes podem mudar o futuro de jovens e aquecer o mercado da beleza?

Se existe um mercado em que a inovação é constante e a profissionalização uma exigência cada vez maior é o da beleza e estética, de acordo com a esteticista e cosmetóloga Érica Vaneza Vasconcelos Costa. Com mais de 10 anos de experiência, Érica diz sentir na pele a necessidade de aprimoramento exigida pelo setor, que vê crescer exponencialmente a cada ano.

Segundo a plataforma de negócios e educação da maior feira de beleza das Américas, a Beauty Fair, este mercado é um dos mais promissores e aquecidos do mundo, sendo que neste segmento, o Brasil figura na quarta posição, atrás apenas dos Estados Unidos, Japão e China.

Para Érica, pós-graduanda em Biomedicina Estética, o setor da beleza pode fazer muito também pelos jovens que ainda buscam uma profissão “A beleza e estética são segmentos que se apresentam como uma excelente porta de entrada no mercado de trabalho para os jovens. Muitos deles já começam experimentando diversas funções dentro de um salão de beleza e logo percebem o crescimento profissional que este nicho pode proporcionar”, afirma. A profissional reforça ainda a importância social que estes cursos profissionalizantes têm, muitas vezes tirando jovens das ruas, tão sujeitos à marginalidade, e tendo a chance de contribuir para o sustento econômico da família. Érica enfatiza a importância de os profissionais da área manterem a constante busca por estudos e atualização, adquirindo novos métodos e técnicas para implantar nos salões e clínicas. “Os cursos EAD (Ensino à Distância) são uma boa opção, inclusive neste período de quarentena em que muitas pessoas puderam aproveitar para fazer cursos, tendo produtividade e pró atividade.

Segundo uma pesquisa do site de inteligência de mercado Euromonitor, estima-se mais oportunidades para a área, que de 2019 a 2021 deve apresentar um crescimento no número de salões de beleza formais no Brasil de 4,5%. Outro estudo, desta vez apresentado pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), aponta que o segmento da estética foi o que mais alavancou entre 2010 e 2015, tendo o número de centros estéticos aumentado no Brasil em 567%. “Experimentamos na área da beleza uma constante procura, independente de períodos de crise econômica. Mesmo nesta pandemia, em que no primeiro momento todos foram afetados, aos poucos este serviço foi sendo restabelecido e novamente muito procurado”, relata Érica, destacando ainda a relevância do serviço para a autoestima e aumento da qualidade de vida

Os números e a experiência de Érica, que também é consultora de imagem e serviços, a fazem acreditar que o investimento em cursos profissionalizantes pode, sim, alavancar não só o mercado da beleza e estética, mas a vida de muitas pessoas, especialmente os jovens. “É sem dúvida uma oportunidade de aprender, crescer e empreender em um setor que, além de tudo, traz muita satisfação por lidar com o bem-estar das pessoas”, finaliza.

 

 

 

Dino/Estadão Conteúdo

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