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Candói: união entre apicultores e prefeitura fomenta produção de mel

Desenvolvida há quatro meses, a Apican conta com 12 produtores e caminha a largos passos. “Logo teremos a Casa do Mel e ampliaremos a produção”, enfatiza o vice-presidente Valmir Senhorin

A apicultura em Candói passa por grandes melhorias. Há quatro meses, um grupo de produtores se uniu em visita a Prudentópolis, capital do mel. Após cursos ofertados pela prefeitura em parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), a Associação de Apicultores de Candói (Apican), foi criada.
Em entrevista ao Jornal Correio do Povo do Paraná, o vice-presidente, Valmir Senhorin, detalha o trabalho do grupo e os planos para os próximos meses. “Realizamos um sonho. Do pequeno ao grande produtor, acolhemos e apoiamos a todos”, enfatiza.

Primeiros passos

A recente associação criada em abril, após visita ao entreposto meleiro movida pela prefeitura, oportunizou a apresentação da ideia de unir os apicultores. “O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Jonilson Araújo, esteve conosco em todos os passos, assim como o de Agricultura, Gilvan Czarnieski. Desde que surgiu o projeto, eles nos oferecem suporte”, destaca o vice-presidente.

Conforme Valmir, embora ainda não cadastrada, a Apican é a porta de entrada para todos os produtores. “Nosso objetivo é aprimorar a qualidade e quantidade do produto. Beneficiar quem tanto trabalha e precisa de fomento é uma de nossas premissas. Queremos que todos cresçam”, enfatiza Senhorin.

A associação conta com 12 colaboradores e tem até o final desta semana para trazer mais associados. “Quando registrados, teremos a chance de contar com o projeto ‘Casa do Mel’, promovido pela prefeitura. Eu e o presidente, Pedro Kavetzki, temos nos empenhado em fazer o melhor aos apicultores de Candói, com o apoio importante da administração municipal”, detalha Valmir.

Avanço

O vice-presidente destaca que os associados trabalham há muitos anos na apicultura, e a oportunidade trará inúmeros benefícios. “É evidente que todos os associados têm uma história e experiência diferente. Nosso propósito é uní-los. Pensando futuramente, a Casa do Mel, que apresentará um maquinário próprio, facilitará o trabalho com total certeza”, explica ele.

Alguns produtores fazem o processo de extração meleiro manualmente, o que diminui a quantidade de colheitas anuais. Com ferramentas certas, o reaproveitamento será feito de forma correta. “Se feito à mão, o favo precisa ser esmagado e não há reaproveitamento. Desta forma, apenas uma safra é alcançada ao ano. Com a centrífuga, o mel é extraído de uma maneira em que se reaproveita todo o favo. Com isso, de três a quatro safras podem ser feitas”, explica Valmir.

Ao falar sobre apoio, o apicultor expõe sua gratidão à prefeitura. “O prefeito Dino é o primeiro que nos deu incentivo. Não se trata de dinheiro, mas sim de apoio. Sem os cursos e a visita promovida, talvez não tivéssemos iniciado agora”.

Próximos passos

Conforme o vice-presidente, a ideia foi tão bem avaliada que gerou interesse em cidades vizinhas. A inclusão desses produtores é o próximo passo da associação. “Temos um apicultor de Guarapuava na diretoria. Candói é uma das únicas cidades que conta com este fomento. Estamos de portas abertas para receber novos associados. Precisamos evoluir para sermos vistos”, destaca.

Valmir detalha que por enquanto o principal produto a ser comercializado é o mel, mas com um melhor preço. “Sabemos do baixo custo de venda, por isso investiremos em bons negócios. Com o registro pronto, poderemos futuramente investir nos selos e comercializar mais produtos com o nome Apican. Estamos otimistas no caminho certo e logo, muito mais desenvolvidos”, completa o apicultor.